063 - desenho i - iniciacao ao desenho

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Desenho I - Iniciacao Ao Desenho

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  • Desenho Desenho I - Iniciao ao desenho

  • Desenho I - Iniciao ao desenho 004622 (46.70.11.311-1) SENAI-SP, 2009 3a Edio. Trabalho revisado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico e editorado por Meios Educacionais da Gerncia de Educao da Diretoria Tcnica do SENAI-SP.

    Reviso Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

    Coordenao editorial Gilvan Lima da Silva 2a Edio, 1991. Trabalho elaborado e editorado pela Diviso de Material Didtico da Diretoria de Tecnologia Educacional do SENAI-SP.

    Coordenao do projeto Lauro Annanias Pires Reviso tcnica Lauro Annanias Pires

    Elaborao Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho

    Ilustrao Devanir Marques Barbosa FICHA CATALOGRFICA S47i SENAI-SP. DMD. Iniciao ao desenho. Por Antonio Ferro et al. 2. ed. So

    Paulo, 1991. (Desenho l, 1).

    1. Desenho tcnico. 2. Iniciao ao desenho. l.t. ll.s.

    74:62 (CDU, lBlCT, 1976)

  • SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de So Paulo Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 01311-923

    Telefone

    Telefax SENAI on-line

    (0XX11) 3146-7000 (0XX11) 3146-7230 0800-55-1000

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  • Desenho I - Iniciao ao desenho

    SENAI-SP INTRANET CT010-09

    Sumrio

    Introduo 9Desenho artstico e desenho tcnico 11Material de desenho tcnico 15

    O papel 15O Lpis 18A borracha 18A rgua 19

    Caligrafia tcnica 21Figuras geomtricas 25

    Ponto 26Linha 27Plano ou superfcie plana 28Figuras planas 29

    Slidos geomtricos 31Slidos geomtricos 31Prismas 32Pirmides 34Slido de revoluo 36Cone 37Esfera 38Slidos geomtricos truncados 39Slidos geomtricos vazados 39Comparando slidos geomtricos e objetos da rea da Mecnica 40

    Perspectiva isomtrica 43Traados da perspectiva isomtrica do prisma 45Traado de perspectiva isomtrica com detalhes paralelos 48Traado da perspectiva isomtrica com detalhes oblquos 49Traado da perspectiva isomtrica com elementos arredondados 50Traado da perspectiva isomtrica do crculo 50Traado da perspectiva isomtrica do cilindro 52Traado da perspectiva isomtrica do cone 52

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    Outros exemplos do traado da perspectiva isomtrica 53Projeo ortogonal 55

    Projeo em trs planos 57Rebatimento de trs planos de projeo 58

    Aplicao de linhas 63Linha trao ponto estreita 65Trao e ponto largo 71Trao ponto estreito e largo nas extremidades e na mudana de direo 71Ordem de prioridade de linhas coincidentes 72Terminao das linhas de chamadas 72

    Cotagem 75Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localizao de elementos 79Cotagem de peas simtricas 80Seqncia de cotagem 81Cotagem de elementos esfricos 85Cotagem de elementos angulares 85Cotagem de ngulos em peas cilndricas 87Cotagem de chanfros 88Cotagem em espaos reduzidos 89Cotagem por faces de referncia 90Cotagem por coordenadas 91Cotagem por linhas bsicas 92Cotagem de furos espaados igualmente 92Indicaes especiais 94Cotagem de uma rea ou comprimento limitado de uma superfcie, para indicar uma situao especial

    94

    Cotagem de peas com faces ou elementos inclinados 95Cotagem de peas cnicas ou com elementos cnicos 96Cotagem de conjuntos 98

    Supresso de vistas 99Supresso de vistas iguais e semelhantes 99Supresso de vistas diferentes 103Desenho tcnico com vista nica 104Smbolo indicativo de quadrado 107Smbolo indicativo de superfcie plana 109Smbolo indicativo de dimetro 110Supresso de vistas em peas com forma composta 111Representao com supresso de vistas em corte 113

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    Representao com supresso de vistas em meio corte 114Supresso de vistas em peas com vistas parciais 115Representaes com vista nica em vistas parciais 116

    Desenho em corte 119Corte 119Hachuras 119Corte na vista frontal 121Corte na vista superior 121Corte na vista lateral esquerda 122Mais de um corte no desenho tcnico 122Meio-corte 124Meio-corte em vista nica 126Duas representaes em meio-corte no mesmo desenho 126Representao simplificada de vistas de peas simtricas 126Meia-vista 128

    Escalas 131O que escala 131Desenho tcnico em escala 133Escala natural 134Escala de reduo 134Escala de ampliao 135Escalas recomendadas 136Cotagem em diferentes escalas 137

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    Introduo

    A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho tcnico to importante quanto a execuo de uma tarefa, pois o desenho que fornece todas as informaes precisas e necessrias para a construo de uma pea. O objetivo desta unidade dar os primeiros passos no estudo de desenho tcnico. Assim, voc aprender: As vrias formas de representao de um objeto; Os recursos materiais necessrios para sua representao; Caligrafia tcnica; Figuras e slidos geomtricos; Projeo ortogonal; Cotagem; Escala.

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  • Desenho I - Iniciao ao desenho Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

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    Desenho artstico e desenho tcnico

    O homem se comunica por vrios meios. Os mais importantes so a fala, a escrita e o desenho. O desenho artstico uma forma de representar as idias e os pensamentos de quem desenhou. Por meio de desenho artstico possvel conhecer e mesmo reconstituir a histria dos povos antigos. Ainda pelo desenho artstico possvel conhecer a tcnica de representar desses povos.

    Detalhes dos desenhos das cavernas de Skavberg, Noruega

    Representao egpcia do tmulo do escriba Nakht 14 a.C.

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    Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto. Essas formas foram criadas com o correr do tempo, medida que o homem desenvolvia seu modo de vida. Uma dessas formas a perspectiva. Perspectiva a tcnica de representar objetos e situaes como eles so vistos na realidade, de acordo com sua posio, forma e tamanho.

    Pela perspectiva pode-se tambm ter a idia do comprimento, da largura e da altura daquilo que representado.

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    Voc deve ter notado que essas representaes foram feitas de acordo com a posio de quem desenhou. Tambm foram resguardadas as formas e as propores do que foi representado. O desenho tcnico assim chamado por ser um tipo de representao usado por profissionais de uma mesma rea: mecnica, marcenaria, serralharia, etc. Ele surgiu da necessidade de representar com preciso mquinas, peas, ferramentas e outros instrumentos de trabalho.

    No decorrer da apostila, voc aprender outras aplicaes do desenho tcnico.

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    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

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    Material de desenho tcnico

    O conhecimento do material de desenho tcnico e os cuidados com ele so fundamentais para a execuo de um bom trabalho. A maneira correta de utilizar esse material tambm, pois as qualidades e defeitos adquiridos pelo estudante, no primeiro momento em que comea a desenhar, podero refletir-se em toda a sua vida profissional. Os principais materiais de desenho tcnico so: O papel; o lpis; a borracha; a rgua. O papel O papel um dos componentes bsicos do material de desenho. Ele tem formato bsico, padronizado pela ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas). Esse formato o A0 (A zero) do qual derivam outros formatos. Formatos da srie A (Unidade: mm)

    Formato Dimenso Margem direita Margem esquerda A0 A1 A2 A3 A4

    841 x 1.189 594 x 841 420 x 594 297 x 420 210 x 297

    10 10 7 7 7

    25 25 25 25 25

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    O formato bsico A0 tem rea de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm.

    Do formato bsico derivam os demais formatos.

    Quando o formato do papel maior que A4, necessrio fazer o dobramento para que o formato final seja A4. Dobramento Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A parte a dobrada ao meio.

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    Legenda Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de mode geral, deve estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar includas todas as indicaes do desenho como: a. Nome da empresa, departamento ou rgo pblico b. Ttulo do desenho c. Escala do desenho d. Datas e. Assinaturas dos responsveis pela execuo, aprovao e verificao f. Nmero do desenho g. Nmero da pea, quantidades, denominaes, materiais e dimenses.

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    A direo da leitura da legenda deve corresponder direo de leitura do desenho. A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175 mm nos formatos A1 e A0.

    Quantidade Denominao e Observao Pea/material e dimenses Desenhista Nome Visto Data Empresa

    Aprovao Nome Visto Data substituio

    Escala Ttulo do Desenho

    Desenho n

    O Lpis O lpis um instrumento de desenho para traar. Ele tem caractersticas especiais e no pode ser confundido com o lpis usado para fazer anotaes costumeiras.

    Caractersticas e denominaes dos lpis Os lpis so classificados em macios, mdios e duros conforme a dureza das grafitas. Eles so denominados por letras ou numerais e letras.

    A borracha A borracha um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia, flexvel e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.

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    A maneira correta de apagar fixar o papel com uma mo e com a outra esfregar a borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar. A rgua A rgua e o escalmetro so instrumentos de desenho que servem para medir o modelo e transportar as medidas obtidas no papel. Devem ser usados somente para medio e nunca como apoio para traar retas ou para cortar papel.

    As unidades de medidas utilizadas em desenhos tcnicos so: o milmetro, o centmetro e o metro, dependendo da rea de aplicao.

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  • Desenho I - Iniciao ao desenho Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

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    Caligrafia tcnica

    Caligrafia tcnica so caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve ser legvel, uniforme e facilmente desenhvel. A caligrafia tcnica normalizada constituda de letras e algarismos inclinados para a direita, formando um ngulo de 75 com a linha horizontal. Exemplo de letras maisculas

    Exemplo de letras minsculas

    Exemplo de algarismos

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    Propores:

    Forma de escrita A (d= h/14)

    Caractersticas Relao Dimenses em milmetro Altura das letras maisculas h 14/14 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 Altura das letras minsculas c 10/14 h - 2,5 3,5 5 7 10 14 Distncia mnima entre caracteres a 2/14 h 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 Distncia mnima entre linhas de base b 20/14 h 3,5 5 7 10 14 20 28 Distncia mnima entre palavras e 6/14 h 1,05 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 Largura da linha d 1/14 h 0,18 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4

    Forma de escrita B (d= h/10)

    Caractersticas Relao Dimenses em milmetro Altura das letras maisculas h 10/10 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 Altura das letras minsculas c 7/10 h - 2,5 3,5 5 7 10 14 Distncia mnima entre caracteres a 2/10 h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 Distncia mnima entre linhas de base b 14/10 h 3,5 5 7 10 14 20 28 Distncia mnima entre palavras e 6/10 h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 Largura da linha d 1/10 h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

    Exerccios 1. Escrever em caligrafia tcnica: Escreva o alfabeto maisculo.

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    Escreva o alfabeto minsculo.

    Escreva os algarismos.

    2. Escreva:

    1. O nome completo da sua escola. 2. O seu nome completo. 3. O curso em que est matriculado.

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    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

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    Figuras geomtricas

    Desde o incio da histria do mundo, o homem tem se preocupado com a forma, a posio e o tamanho de tudo que o rodeia. Essa preocupao deu origem geometria que estuda as formas os tamanhos e as propriedades das figuras geomtricas. Figuras geomtrica um conjunto de pontos. Veja abaixo algumas representaes de figuras geomtricas.

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    As figuras geomtricas podem ser planas ou especiais (slidos geomtricos). Uma das maneiras de representar as figuras geomtricas por meio do desenho tcnico. O desenho tcnico permite representar peas de oficina, conjuntos de peas, projetos de mquinas, etc. Para compreender as figuras geomtricas indispensvel ter algumas noes de ponto, linha, plano e espao. Ponto O ponto a figura geomtrica mais simples. possvel ter uma idia do que o ponto observando: Um furo produzido por uma agulha em um pedao de papel; Um sinal que a ponta do lpis imprime no papel.

    O ponto representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas.

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    Linha A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas.

    Linhas retas A linha reta ou simplesmente a reta no tem incio nem fim: ela ilimitada.

    Na figura acima, as setas nas extremidades da representao da reta indicam que a reta continua indefinidamente nos dois sentidos. O ponto A d origem a duas semi-retas.

    Semi-reta A semi-reta sempre tem origem mas no tem fim. Observe a figura abaixo. O ponto A o ponto de origem das semi-retas.

    Segmento de reta Se ao invs de um ponto A so tomados dois pontos diferentes, A e B, obtm-se um pedao limitado da reta.

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    Esse pedao limitado da reta chamado segmento de reta e os pontos A e B so chamados extremidades do segmento de reta.

    De acordo com sua posio no espao, a reta pode ser:

    Plano ou superfcie plana O plano tambm chamado de superfcie plana. Assim como o ponto e a reta, o plano no tem definio, mas possvel ter uma idia do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala. comum representar o plano da seguinte forma:

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    De acordo com sua posio no espao, o plano pode ser:

    Figuras planas O plano no tem incio nem fim: ele ilimitado. Mas possvel tomar pores limitadas do plano. Essas pores recebem o nome de figuras planas. As figuras planas tm vrias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com sua forma:

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    Slidos geomtricos

    Slidos geomtricos Voc j sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano. Quando uma figura geomtrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um slido geomtrico. Analisando a ilustrao abaixo, voc entender bem a diferena entre uma figura plana e um slido geomtrico.

    Figura plana Slido geomtrico Os slidos geomtricos tm trs dimenses: comprimento, largura e altura. Embora existam infinitos slidos geomtricos, apenas alguns, que apresentam determinadas propriedades, so estudados pela geometria. Os slidos que voc estudar neste curso tm relao com as figuras geomtricas planas mostradas anteriormente. Os slidos geomtricos so separados do resto do espao por superfcies que os limitam. E essas superfcies podem ser planas ou curvas. Dentre os slidos geomtricos limitados por superfcies planas, estudaremos os prismas, o cubo e as pirmides. Dentre os slidos geomtricos limitados por superfcies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que so tambm chamados de slidos de revoluo.

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    muito importante que voc conhea bem os principais slidos geomtricos porque, por mais complicada que seja, a forma de uma pea sempre vai ser analisada como o resultado da combinao de slidos geomtricos ou de suas partes. Prismas O prisma um slido geomtrico limitado por polgonos. Voc pode imagin-lo como uma pilha de polgonos iguais muito prximos uns dos outros, so formados por figuras planas que se sobrepem umas s outras, como mostra a ilustrao:

    O prisma pode tambm ser imaginado como o resultado do deslocamento de um polgono. Ele constitudo de vrios elementos. Para quem lida com desenho tcnico muito importante conhec-los bem. Veja quais so eles nesta ilustrao:

    As principais caractersticas do slido geomtrico so as trs dimenses: comprimento, largura e altura.

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    Existem vrios tipos de slidos geomtricos. Porm vamos estudar apenas os mais importantes: o prisma, o cubo, a pirmide e o slido de revoluo. Note que a base desse prisma tem a forma de um retngulo. Por isso ele recebe o nome de prisma retangular. Dependendo do polgono que forma sua base, o prisma recebe uma denominao especfica. Por exemplo: o prisma que tem como base o tringulo, chamado prisma triangular. Quando todas as faces do slido geomtrico so formadas por figuras geomtricas iguais, temos um slido geomtrico regular. O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome de cubo. Prisma Como todo slido geomtrico, o prisma tem comprimento, largura e altura. Existem diferentes tipos de prisma. O prisma recebe o nome da figura plana que lhe deu origem. Veja abaixo alguns tipos de prisma.

    Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma retangular

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    Prisma hexagonal Prisma quadrangular (cubo ) O prisma formado pelos seguintes elementos: base inferior, base superior, faces, arestas e vrtices. Como mostra a figura abaixo.

    Pirmides A pirmide outro slido geomtrico limitado por polgonos.

    Voc pode imagin-la como um conjunto de polgonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de

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    imaginar a formao de uma pirmide consiste em ligar todos os pontos de um polgono qualquer a um ponto P do espao. importante que voc conhea tambm os elementos da pirmide:

    O nome da pirmide depende do polgono que forma sua base. Na figura acima, temos uma pirmide quadrangular, pois sua base um quadrado. O nmero de faces da pirmide sempre igual ao nmero de lados do polgono que forma sua base mais um. Cada lado do polgono da base tambm uma aresta da pirmide. O nmero de arestas sempre igual ao nmero de lados do polgono da base vezes dois. O nmero de vrtices igual ao nmero de lados do polgono da base mais um. Os vrtices so formados pelo encontro de trs ou mais arestas. O vrtice principal o ponto de encontro das arestas laterais. Existem diferentes tipos de pirmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que lhe deu origem.

    Pirmide triangular Pirmide quadrangular Pirmide retangular

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    Pirmide pentagonal

    Pirmide hexagonal Slido de revoluo O slido de revoluo outro tipo de slido geomtrico. Ele se forma pela rotao da figura plana em torno de seu eixo. A figura plana que d origem ao slido de revoluo chamada figura geradora. As linhas que contornam a figura geradora so chamadas linhas geratrizes.

    Os slidos de revoluo so vrios. Entre eles destacamos: O cilindro; O cone; A esfera. Cilindro o slido de revoluo cuja figura geradora o retngulo.

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    Veja a figura a seguir. No desenho, est representado apenas o contorno da superfcie cilndrica. A figura plana que forma as bases do cilindro o crculo. Note que o encontro de cada base com a superfcie cilndrica forma as arestas.

    Cone O cone tambm um slido geomtrico limitado lateralmente por uma superfcie curva. A formao do cone pode ser imaginada pela rotao de um tringulo retngulo em torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que forma a base do cone o crculo. O vrtice o ponto de encontro de todos os segmentos que partem do crculo. No desenho est representado apenas o contorno da superfcie cnica. O encontro da superfcie cnica com a base d origem a uma aresta.

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    O slido de revoluo cuja figura geradora o tringulo.

    Esfera A esfera tambm um slido geomtrico limitado por uma superfcie curva chamada superfcie esfrica. Podemos imaginar a formao da esfera a partir da rotao de um semicrculo em torno de um eixo, que passa pelo seu dimetro. Veja os elementos da esfera na figura abaixo.

    O raio da esfera o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos. Dimetro da esfera o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos. O slido de revoluo cuja figura geradora o crculo.

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    Slidos geomtricos truncados Quando um slido geomtrico cortado por um plano, resultam novas figuras geomtricas: os slidos geomtricos truncados. Veja alguns exemplos de slidos truncados, com seus respectivos nomes:

    Slidos geomtricos vazados Os slidos geomtricos que apresentam partes ocas so chamados slidos geomtricos vazados. As partes extradas dos slidos geomtricos, resultando na parte oca, em geral tambm correspondem aos slidos geomtricos que voc j conhece. Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo quadrado, foi necessrio extrair um prisma quadrangular do cilindro original.

  • Desenho I - Iniciao ao desenho

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    Comparando slidos geomtricos e objetos da rea da Mecnica As relaes entre as formas geomtricas e as formas de alguns objetos da rea da Mecnica so evidentes e imediatas. Voc pode comprovar esta afirmao analisando os exemplos a seguir.

    Chaveta plana Prisma retangular

    Cunha Prisma retangular truncado

    Porca sextavada Prisma hexagonal vazado H casos em que os objetos tm formas compostas ou apresentam vrios elementos. Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se relacionam com os slidos geomtricos, necessrio decomp-los em partes mais simples. Analise cuidadosamente os prximos exemplos. Assim, voc aprender a enxergar formas geomtricas nos mais variados objetos.

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    SENAI-SP INTRANET

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    Examine este rebite de cabea redonda:

    Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, voc ver que ele formado por um cilindro e uma calota esfrica (esfera truncada). Existe outro modo de relacionar peas e objetos com slidos geomtricos. Observe, na ilustrao abaixo, como a retirada de formas geomtricas de um modelo simples (bloco prismtico) da origem a outra forma mais complexa.

    Nos processos industriais o prisma retangular o ponto de partida para a obteno de um grande nmero de objetos e peas.

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    SENAI-SP INTRANET

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    Observe a figura a seguir. Trata-se de um prisma retangular com uma parte rebaixada .

    A prxima ilustrao mostra o desenho de um modelo que tambm deriva de um prisma retangular.

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/ 2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

  • Desenho I - Iniciao ao desenho Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2007

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    43

    Perspectiva isomtrica

    Perspectiva a maneira de representar objetos de acordo com sua posio, forma e tamanho.

    Existem vrios tipos de perspectivas. Neste momento estudaremos apenas a perspectiva isomtrica. A perspectiva isomtrica mantm as mesmas medidas de comprimento, largura e altura do objeto. Para estudar a perspectiva isomtrica necessrio conhecer ngulo e a maneira como ele representado. ngulo a figura geomtrica formada por duas semi-retas com a mesma origem.

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    O grau cada uma das 360 partes em que a circunferncia dividida.

    A medida em graus indicada por um numeral seguido do smbolo de grau. Veja alguns exemplos.

    Quarenta e cinco graus

    Noventa graus

    Cento e vinte graus

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    45

    Nos desenhos em perspectiva isomtrica, os trs eixos isomtricos (c, a, l) formam entre si ngulos de 120. Os eixos oblquos formam com a horizontal um ngulo de 30.

    As linhas paralelas a um eixo isomtrico so chamadas de linhas isomtricas.

    c, a, : eixos isomtricos d, e, f: linhas isomtricas Traados da perspectiva isomtrica do prisma O prisma usado como base para o traado da perspectiva isomtrica de qualquer modelo.

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    46

    No incio, at se adquirir firmeza, o traado deve ser feito sobre um papel reticulado. Veja abaixo uma amostra de reticulado.

    Em primeiro lugar traam-se os eixos isomtricos.

    Em seguida, marca-se nesses eixos as medidas de comprimento, largura e altura do prisma;

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    47

    Aps isso, traa-se a face de frente do prisma, tomando-se como referncia as medidas do comprimento e da altura, marcadas nos eixos isomtricos.

    Depois traa-se a face de cima do prisma tomando como referncia as medidas do comprimento e de largura, marcadas nos eixos isomtricos.

    Em seguida traa-se a face do lado do prisma tomando como referncia as medidas da largura e da altura marcada nos eixos isomtricos.

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    48

    E, por ltimo, para finalizar o traado da perspectiva isomtrica, apagam-se as linhas de construo e refora-se o contorno do modelo.

    Traado de perspectiva isomtrica com detalhes paralelos

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    49

    Traado da perspectiva isomtrica com detalhes oblquos

    As linhas que no so paralelas aos eixos isomtricos so chamadas linhas no-isomtricas.

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    50

    Traado da perspectiva isomtrica com elementos arredondados

    Traado da perspectiva isomtrica do crculo O crculo em perspectiva tem sempre a forma de elipse.

    Crculo

    Crculo em perspectiva isomtrica

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    51

    Para representar a perspectiva isomtrica do crculo, necessrio traar antes um quadrado auxiliar em perspectiva, na posio em que o crculo deve ser desenhado.

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    52

    Traado da perspectiva isomtrica do cilindro

    Traado da perspectiva isomtrica do cone

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    53

    Outros exemplos do traado da perspectiva isomtrica

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    54

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2007

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Isaias Gouveia da Silva Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

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    55

    Projeo ortogonal

    Em desenho tcnico, projeo a representao grfica do modelo feita em um plano. Existem vrias formas de projeo. A ABNT adota a projeo ortogonal, por ser a representao mais fiel forma do modelo. Para entender como feita a projeo ortogonal, necessrio conhecer os seguintes elementos : observador, modelo, e plano de projeo. Veja os exemplos a seguir: neles, o modelo representado por um dado.

    Plano de projeo Modelo

    Observador

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    56

    Observe a linha projetante. A linha projetante a linha perpendicular ao plano de projeo que sai do modelo e o projeta no plano de projeo

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    57

    Projeo em trs planos Unindo perpendicularmente trs planos, temos a seguinte ilustrao:

    Cada plano recebe um nome de acordo com sua posio.

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    58

    As projees so chamadas vistas, conforme a ilustrao a seguir.

    Rebatimento de trs planos de projeo Quando se tem a projeo ortogonal do modelo, o modelo no mais necessrio e assim possvel rebater os planos de projeo. Com o rebatimento, os planos de projeo, que estavam unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um nico plano de projeo. Na pgina seguinte pode-se ver o rebatimento dos planos de projeo, imaginado-se os planos de projeo ligados por dobradias.

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    59

    Agora imagine que o plano de projeo vertical fica fixo e que os outros planos de projeo giram um para baixo e outro para a direita.

    O plano de projeo que gira para baixo o plano de projeo horizontal e o plano de projeo que gira para a direita plano de projeo lateral.

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    60

    Planos de projeo rebatidos:

    Agora possvel tirar os planos de projeo e deixar apenas o desenho das vistas do modelo. Na prtica, as vistas do modelo aparecem sem os planos de projeo As linhas projetantes auxiliares indicam a relao entre as vistas do desenho tcnico.

    Observao As linhas projetantes auxiliares no aparecem no desenho tcnico do modelo. So linhas imaginrias que auxiliam no estudo da teoria da projeo ortogonal.

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    61

    Outro exemplo:

    Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projees da pea formadas pela vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Observao Normalmente a vista frontal a vista principal da pea.

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    62

    As distncias entre as vistas ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho.

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    63

    Aplicao de linhas

    Para desenhar as projees so usados vrios tipos de linhas. Procuraremos nesta unidade mostrar os tipos e sua aplicao. Larguras de linhas A relao entre as larguras de linhas largas e estreitas no deve ser inferior a 2, ou seja, a linha mais larga deve ter no mnimo do dobro da mais estreita. Espessura das linhas As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o seu tipo, dimenso, escala e densidade no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13, 0, 18, 0, 25, 0, 35, 0, 50, 0, 70, 1, 00, 1, 40 e 2, 00mm. Linha Contnua larga - Para arestas e contornos visveis uma linha contnua larga que indica o contorno de modelos esfricos ou cilndricos e as arestas visveis do modelo para o observador

    Exemplo:

    Aplicao

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    64

    Linha Contnua estreita - Para Contornos de sees, linhas de cota, linhas auxiliares e hachuras. So linhas estreitas que so usadas para completar a representao de peas e conjuntos. De acordo com sua funo esta linha pode assumir diversas formas. Seguem-se as formas e aplicaes utilizadas no desenho tcnico mecnico. Exemplo: Aplicao

    Linha tracejada estreita - Para aresta e contornos no-visveis uma linha tracejada que indica as arestas no-visveis para o observador, isto , as arestas que ficam encobertas.

    Exemplo:

    Aplicao

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    65

    Linha trao ponto estreita Linha de centro - uma linha estreita, formada por traos e pontos alternados, que indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.

    Exemplo: Aplicaes

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    66

    Linha de simetria - uma linha estreita formada por traos e pontos alternados. Ela indica que o modelo simtrico.

    Exemplo:

    Note que as metades do modelo so exatamente iguais: logo, o modelo simtrico. Aplicao Quando o modelo simtrico, em seu desenho tcnico aparece a linha de simetria. A linha de simetria indica que as metades do desenho tcnico apresentam-se simtricas em relao a essa linha. A linha de simetria pode aparecer tanto na posio horizontal como na posio vertical.

    Modelo simtrico

    Imagine que este modelo dividido ao meio, horizontal ou verticalmente.

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    67

    No exemplo abaixo a pea simtrica apenas em um sentido.

    Contnua estreita a mo livre - Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite no coincidir com linhas trao e ponto. Exemplo: Aplicao

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    68

    Linha contnua estreita - Linhas de interseo imaginrias Linha estreita e fina usada para indicar intersees imaginrias.

    Exemplo: Aplicao

    Linha contnua estreita em ziguezague - Essa linha destina-se a desenhos confeccionados por mquinas. Exemplo: Aplicao

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    69

    Linhas trao ponto estreita - Trajetrias Linha estreita trao ponto usada para indicar trajetria de mecanismos.

    Exemplo: Aplicao

    Trao dois pontos estreita - Linha estreita trao dois pontos usada para indicar contornos de peas adjacentes, posio limites de peas mveis, linhas de centro de gravidade, cantos e arestas da conformao.

    Exemplo:

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    70

    Aplicao

    Linhas de centro de gravidade Aplicao

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    71

    Cantos e arestas da conformao Aplicao

    Trao e ponto largo Indicao das linhas ou superfcies com indicao especial. Exemplo: Aplicao

    Trao ponto estreito e largo nas extremidades e na mudana de direo Traos ponto estreitos, largos nas extremidades e na mudana de direo, usado na indicao de planos de cortes.

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    72

    Aplicao

    Ordem de prioridade de linhas coincidentes Se ocorrer coincidncia de duas linhas de diferentes tipos ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade: 1. Arestas e contornos visveis; 2. Arestas e contornos no visveis; 3. Superfcies de cortes e sees (linha trao e pontos estreitos, largos nas

    extremidades e na mudana de direo); 4. Linhas de centro; 5. Linhas de centro de gravidade; 6. Linhas de cota e auxiliar. Terminao das linhas de chamadas a. Sem smbolo, se elas conduzem a uma linha de cota;

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    73

    Aplicao

    b. Com um ponto, se termina dentro do objeto representado. Ver figura abaixo. c. Com uma seta, se ela toca a aresta do objeto representado. Ver figura abaixo.

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    74

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

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    SENAI-SP INTRANET CT010-09 75

    Cotagem

    Cotagem a indicao das medidas da pea em seu desenho. Para a cotagem de um desenho so necessrios trs elementos:

    Linhas de cota (a) so linhas contnuas estreitas, com setas nas extremidades ou traos oblquos; nessas linhas so colocadas as cotas que indicam as medidas da pea. A seta desenhada com linhas curtas formando ngulos de 15. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida.

    O trao oblquo desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45.

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    76

    A linha auxiliar (b) uma linha contnua estreita que limita as linhas de cota. Deve ser ligeiramente prolongada alm da linha de cota e deve-se deixar um pequeno espao entre elas e o desenho. Sugesto 1 a 2mm.

    Cotas (c) so numerais que indicam as medidas bsicas da pea e as medidas de seus elementos. As medidas bsicas so: comprimento, largura e altura.

    50 = comprimento 25 = largura 15= altura

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    77

    distncia da linha de cota para o desenho ser aproximadamente 10mm. Salvo em algumas excees onde no houver essa possibilidade. Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessrio, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60), porm paralelas entre si.

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    78

    Em desenho mecnico, normalmente a unidade de medida usada o milmetro (mm), e dispensada a colocao do smbolo junto cota. Quando se emprega outra distinta do milmetro (por exemplo, a polegada), coloca-se seu smbolo.

    Observao As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para

    direita e de baixo para cima, paralelamente dimenso cotada. Sempre que possvel bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas. Deve-se evitar tambm colocar a cota dentro do desenho. A construo da interseco de linhas auxiliares deve ser feita como prolongamento desta alm do ponto de interseco.

    Linhas auxiliares e cota, sempre que possvel, no devem cruzar com outras linhas.

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    79

    A linha de cota no deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja.

    Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localizao de elementos Exemplo de peas com elementos.

    Furo Salincia

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    80

    Rasgo passante Rasgo no passante Para fabricar peas como essas necessrio interpretar, alm das cotas bsicas, as cotas dos elementos.

    A cota 9 indica a localizao do furo em relao altura da pea. A cota 12 indica a localizao do furo em relao ao comprimento da pea. As cotas 10 e 16 indicam o tamanho do furo. Cotagem de peas simtricas A utilizao de linha de simetria em peas simtricas facilita e simplifica a cotagem, conforme os exemplos abaixo.

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    81

    Sem linha de simetria

    Com linha de simetria Seqncia de cotagem

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    82

    1o passo

    2o passo

    3o passo

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    83

    4o passo

    Cotagem de dimetro

    Cotagem de raios

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    84

    Raio muito pequeno cota-se atravs de linha de chamada, raio muito grande no se indica o centro do raio, e linha de cota representada incompleta. Outro jeito de se cotar raios grandes se destacando o centro do raio com linha de simetria com linha de cota aparecendo quebrada, pode-se tambm cotar desta maneira quando o centro for deslocado. Os objetos simtricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente alm do eixo de simetria.

    Quando a linha de cota est na posio inclinada, a cota acompanha a inclinao para facilitar a leitura.

    Porm, preciso evitar a disposio das linhas de cota entre os setores hachurados e inclinados de cerca de 30.

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    85

    H casos que possvel dispensar a indicao de uma ou duas cotas bsicas, ou s vezes at trs cotas, isso geralmente ocorre em peas com partes arredondadas, onde se representam os valores de centro a centro de detalhes, ou centro at faces de detalhes de peas. Cotagem de elementos esfricos Elementos esfricos so elementos em forma de esfera. A cotagem dos elementos esfricos feita pela medida de seus dimetros ou de seus raios. ESF = Esfrico = Dimetro R = Raio

    Cotagem de elementos angulares Existem peas que tm elementos angulares. Elementos angulares so formados por ngulos.

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    86

    O ngulo medido com o gonimetro pela sua abertura em graus. O gonimetro conhecido como transferidor. A cotagem da abertura do elemento angular feita em linha de cota curva, cujo centro vrtice do ngulo cotado.

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    87

    Uso de gonimetro (transferidor)

    Cotagem de ngulos em peas cilndricas

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    88

    Cotagem de chanfros Chanfro a superfcie oblqua obtida pelo corte da aresta de duas superfcies que se encontram.

    Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas lineares e por meio de cotas lineares e angulares. As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura e altura. As cotas angulares indicam medidas de abertura de ngulos.

    Cotas lineares

    Cotas lineares e cotas angulares. Em peas planas ou cilndricas, quando o chanfro est a 45 possvel simplificar a cotagem.

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    89

    Cotagem em espaos reduzidos Para cotar em espaos reduzidos, necessrio colocar as cotas conforme os desenhos abaixo. Quando no houver lugar para setas, estas substitudas por pequenos traos oblquos.

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    90

    Cotagem por faces de referncia Na cotagem por faces de referncia as medidas da pea so indicadas a partir das faces.

    Cotagem em paralelo Cotagem aditiva A cotagem por faces de referncia ou por elementos de referncia pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. A cotagem aditiva uma simplificao da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde h limitao de espao, desde que no haja problema de interpretao. A cotagem aditiva em duas direes pode ser utilizada quando for vantajoso.

    Cotagem aditiva em duas direes

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    91

    Cotagem por coordenadas A cotagem aditiva em duas direes pode ser simplificada por cotagem por coordenadas. A pea fica relacionada a dois eixos. Fica mais prtica indicar as cotas em uma tabela ao invs de indic-la diretamente sobre a pea.

    X Y

    1 8 8 4

    2 8 38 4

    3 22 15 5

    4 22 30 3

    5 35 23 6

    6 52 8 4

    7 52 38 4

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    92

    Cotagem por linhas bsicas Na cotagem por linha bsica as medidas da pea so indicadas a partir de linhas.

    Cotagem de furos espaados igualmente Existem peas com furos que tm a mesma distncia entre seus centros, isto , furos espaados igualmente. A cotagem das distncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por cotas angulares.

    Cotagem linear

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    93

    Cotagem linear e angular Quando no causarem dvidas, o desenho e a cotagem podem ser simplificados.

    Desenho e cotagem simplificados

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    94

    Indicaes especiais Cotagem de cordas, arcos e ngulos As cotas de cordas, arcos e ngulos devem ser indicadas como nos exemplos abaixo.

    Raio definido por outras cotas O raio deve ser indicado com o smbolo R sem cota quando o seu tamanho for definido por outras cotas.

    Cotas fora de escala As cotas fora de escala nas linhas de cota sem interrupo devem ser sublinhadas com linhas retas com a mesma largura da linha do algarismo.

    Cotagem de uma rea ou comprimento limitado de uma superfcie, para indicar uma situao especial A rea ou o comprimento e sua localizao so indicados por meio de linha trao e ponto, desenhada adjacente face corresponde.

  • Desenho I - Iniciao ao desenho

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    95

    Cotagem de peas com faces ou elementos inclinados Existem peas que tm faces ou elementos inclinados.

    Nos desenhos tcnicos de peas com faces ou elementos inclinados, a relao de inclinao deve estar indicada.

    A relao de inclinao 1:10 indica que cada 10 milmetros do comprimento da pea, diminui-se um milmetro da altura. Com a relao de inclinao vem indicada do desenho tcnico, no necessrio que a outra cota de altura da pea aparea.

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    96

    Outros exemplos a seguir.

    Na relao o numeral quem vem antes dos dois pontos sempre 1. Cota-se atravs de linha de auxiliar com a palavra inclinao seguida da relao numrica. Quando se tem a relao, cota-se somente o comprimento e um dos lados. Cotagem de peas cnicas ou com elementos cnicos Existem peas cnicas ou com elementos cnicos.

  • Desenho I - Iniciao ao desenho

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    97

    Nos desenhos tcnicos de peas como estas, a relao de conicidade deve estar indicada. A relao de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milmetros do comprimento da pea, diminui-se um milmetro do dimetro.

    Outros exemplos:

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    98

    Cotagem de conjuntos Normalmente no se cota em conjunto, porm, quando for cotado, o grupo de cotas especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possvel, separados.

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/ 2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

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    SENAI-SP INTRANET CT010-09 99

    Supresso de vistas

    Em determinadas peas, a disposio adequada das cotas, alm de informar sobre o tamanho, tambm permite deduzir as formas das partes cotadas. Isto significa que, em certos casos, cotando a pea de maneira apropriada, podemos economizar a representao de uma ou at duas vistas sem qualquer prejuzo para a interpretao do desenho. A representao do objeto, com menos de trs vistas, chamada de representao com supresso de vistas. Suprimir quer dizer eliminar, omitir, impedir que aparea. Voc vai aprender a ler e a interpretar desenhos tcnicos representados em duas vistas ou em vista nica. Tambm ficar conhecendo, certos smbolos que ajudam a simplificar a cotagem de peas, tornando possvel a supresso de vistas. Supresso de vistas iguais e semelhantes Duas vistas so iguais quando tm as mesmas formas e as mesmas medidas. E quando tm apenas as formas iguais e medidas diferentes, so chamadas de semelhantes.

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    SENAI-SP INTRANET CT010-09 100

    Voc vai iniciar o estudo de supresso de vistas analisando um caso bem simples. Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir.

    No desenho tcnico, direita, esto representadas as 3 vistas que voc j conhece: vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Estas trs vistas cotadas do idia da pea. Como a vista frontal e a vista lateral esquerda so iguais, possvel suprimir uma delas. A vista frontal sempre a vista principal da pea. Ento, neste caso, a vista escolhida para supresso a vista lateral esquerda. Veja como fica o desenho tcnico do prisma com supresso da lateral esquerda. As cotas bsicas deste prisma so: altura - 60 mm; largura - 40 mm e comprimento - 40 mm.

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    SENAI-SP INTRANET CT010-09 101

    Veja um outro exemplo. O desenho tcnico a seguir apresenta um prisma retangular com um furo quadrado passante, em trs vistas.

    Note que a vista lateral esquerda semelhante vista frontal. Neste caso, a vista lateral esquerda pode ser suprimida.

  • Desenho I - Iniciao ao desenho

    SENAI-SP INTRANET CT010-09 102

    Mesmo com a supresso da lateral esquerda, todas as informaes importantes foram mantidas, pois a cota da largura foi transferida para a vista superior. Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas, dependendo das caractersticas da pea, a vista superior tambm pode ser suprimida. O desenho tcnico abaixo representa um pino de seo retangular em trs vistas.

    Note que a vista superior e a vista lateral esquerda so semelhantes. Neste caso, tanto faz representar o desenho com supresso da vista superior como da vista lateral esquerda. Compare as duas alternativas.

    Figura A Figura B

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    SENAI-SP INTRANET CT010-09 103

    Em qualquer dos casos, possvel interpretar o desenho, pois ambos contm todas as informaes necessrias. Supresso de vistas diferentes Observe a perspectiva do prisma com rebaixo e furo e as trs vistas ortogrficas correspondentes.

    As trs vistas so diferentes. Mesmo assim possvel imaginar a supresso de uma delas, sem qualquer prejuzo para a interpretao do desenho. Como voc j sabe, a vista frontal a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida no desenho tcnico. Temos ento que escolher entre a supresso da vista superior e da vista lateral esquerda. Voc vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supresses mais aconselhvel. Veja primeiro o desenho com supresso da vista superior:

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    Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existe poucas informaes sobre ele: analisando apenas essas duas vistas no d para saber a forma do furo. Anlise agora outra alternativa. A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora j possvel identificar a forma circular do furo na vista superior.

    Desenho tcnico com vista nica O nmero de vistas do desenho tcnico depende das caractersticas da pea representada. O desenhista sempre procura transmitir o maior nmero possvel de informaes sobre a pea usando o mnimo necessrio de vistas. Assim, existem peas que podem ser representadas por meio de uma nica vista. Agora voc vai aprender a ler e a interpretar desenhos tcnicos de peas representados em vista nica. Acompanhe as explicaes observando, a seguir, a representao da perspectiva e as trs vistas ortogrficas.

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    As trs vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idia de como o modelo na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.

    Observe que as cotas que antes apareciam associadas vista lateral esquerda foram transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informao importante sobre a forma e sobre o tamanho da pea ficou perdida.

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    Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem qualquer prejuzo para sua interpretao. Veja.

    Todas as cotas da pea foram indicadas na vista frontal. A largura da pea foi indicada pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numrico correspondente, como voc pode observar dentro da vista frontal. Acompanhe a interpretao da cotagem do modelo. As cotas bsicas so: comprimento= 60, altura= 35 e largura= 15 (que corresponde cota indicada por: ESP 15). Uma vez que o modelo simtrico no sentido longitudinal, voc j sabe que os elementos so centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo passante, sua profundidade coincide com a largura da pea, ou seja, 15 mm. E as cotas 16, 48, 8 e 15 definem o perfil da geometria. Anlise outro desenho tcnico em vista nica.

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    Como no possvel concluir, pela anlise da vista frontal, se os furos so passantes ou no, a informao Furos passantes deve vir escrita, em lugar que no atrapalhe a interpretao do desenho. Voc notou que a indicao da espessura da pea foi representada fora da vista frontal. Isto porque a indicao da espessura da pea dentro da vista prejudicaria a interpretao do desenho. Com essas informaes possvel interpretar corretamente o desenho tcnico da pea. Smbolo indicativo de quadrado Vamos retomar o modelo prismtico de base quadrada, usado para demonstrar a supresso de vistas iguais. Veja a perspectiva do prisma e, ao lado, duas vistas com supresso da vista lateral esquerda.

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    O prisma de base quadrangular pode ser representado tambm com vista nica. Para interpretar o desenho tcnico do prisma quadrangular com vista nica, voc precisa conhecer o smbolo indicativo de quadrado e o smbolo indicativo de superfcie plana. Usamos o seguinte smbolo para identificar a forma quadrada: Este smbolo pode ser omitido quando a identificao da forma quadrada for clara. o que acontece na representao da vista superior do prisma quadrangular.

    Veja, agora, o prisma quadrangular representado em vista nica. A vista representada a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta representao. O smbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista superior. A cota 40 refere-se a duas dimenses do prisma: a do comprimento e a da largura.

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    Voc reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista frontal? Essas linhas so indicativas de que a superfcie representada plana. A seguir voc vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilizao dessas linhas. Smbolo indicativo de superfcie plana A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas.

    Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismtico, que apresenta uma superfcie plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas.

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    A representao completa do modelo prismtico de base quadrangular fica como mostrado na figura abaixo.

    Dizemos que uma superfcie plana derivada de superfcie cilndrica quando, no processo de execuo da pea, partimos de uma matria-prima de formato cilndrico para obter as faces planas, como mostram as ilustraes.

    Smbolo indicativo de dimetro Na representao da pea cilndrica em vista nica necessrio transmitir a idia da forma da pea. Para mostrar a forma circular do perfil de peas cilndricas, utiliza-se o smbolo indicativo do dimetro, que representado como segue: . Este smbolo colocado ao lado esquerdo da cota que indica o dimetro da pea. Veja.

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    A vista representada a vista frontal. Nesse desenho, o sinal indicativo de dimetro aparece junto cota 30. Com essa indicao, a interpretao da pea pode ser feita normalmente. Supresso de vistas em peas com forma composta Vamos chamar de peas com forma composta aquelas peas que apresentam combinaes de vrias formas, como por exemplo: prismtica, cilndrica, cnica, piramidal etc. As peas com forma composta tambm podem ser representadas com supresso de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma pea com forma composta, ou seja, com forma prismtica e cilndrica e, ao lado, seu desenho tcnico em duas vistas.

    As vistas representadas so: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi suprimida. No desenho tcnico desta pea, com vista nica, todas essas informaes aparecem concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do furo no passante superior.

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    Veja, a seguir, mais um exemplo de pea com forma composta, nesse caso com formas: prismtica, piramidal e cnica. Alm disso, a pea tem um furo quadrado no passante e tambm um furo redondo no passante interrompido.

    Abaixo voc tem a representao desta pea em duas vistas.

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    Representao com supresso de vistas em corte Agora voc vai estudar a representao com supresso de vistas em desenhos tcnicos com cortes. Veja, a seguir, a perspectiva em corte total de uma pea cilndrica com espiga e furo passante redondo e, abaixo, duas vistas ortogrficas.

    A vista frontal aparece representada em corte total. Examinando a vista lateral esquerda deduzimos a forma circular da pea, da espiga e do furo. Esta pea, em corte, tambm pode ser representada com vista nica. Veja.

    Com a supresso da vista lateral esquerda foi necessrio indicar a forma circular da pea na vista frontal. Para isso, o smbolo indicativo de dimetro foi acrescido s cotas 15, 9 e 25 que se referem, respectivamente, aos dimetros da espiga, do furo e da pea.

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    Voc notou que o nome do corte, que estava na vista frontal, desapareceu do desenho tcnico com vista nica? Isso porque a vista que trazia a indicao do plano de corte foi suprimida. Representao com supresso de vistas em meio corte A pea cilndrica, a seguir, simtrica longitudinal e transversalmente.

    No h necessidade de representar a vista superior porque ela semelhante vista frontal. A vista frontal, representada em meio corte, mostra a aparncia externa e os elementos internos da pea. A vista lateral esquerda mostra a forma circular da pea e das espigas. Podemos representar esta mesma pea com vista nica transferindo as cotas dos dimetros da pea e do furo passante para a vista frontal.

    Voc notou que a linha de cota da cota 14 aparece incompleta? Isso ocorre porque essa cota refere-se a um elemento interno, que tem uma parte oculta. Quando parte do elemento est oculta, a linha de cota no desenhada completa. Ela apenas

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    ultrapassa um pouco a linha de simetria, de modo a permitir a inscrio clara do valor numrico. Quando o desenho tcnico em corte representado com vista nica absolutamente necessrio usar os smbolos indicativos de quadrado e de dimetro, para dar a idia da forma da pea com apenas uma vista. Supresso de vistas em peas com vistas parciais Voc aprendeu a interpretar a forma de peas representadas por meia-vista e por quarta parte de vista. Agora voc vai aprender a ler as cotas que indicam as dimenses inteiras das peas representadas apenas parcialmente. Observe a pea representada em perspectiva, a seguir.

    Essa pea pode ser representada de vrias maneiras, no desenho tcnico. A forma de cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir.

    a.

    b.

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    c.

    d.

    possvel, ainda, representar esta mesma pea em vista nica e obter todas as informaes que interessam para a sua interpretao.

    Representaes com vista nica em vistas parciais O prximo exemplo serve para ilustrar a cotagem de peas representadas em meia-vista.

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    Neste caso, o desenho tcnico pode ser representado sem corte ou com corte. Compare as duas possibilidades.

    Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria no apresenta seta. Embora a pea esteja apenas parcialmente representada, as cotas referem-se s dimenses da pea inteira. Assim, a cota 12 indica o dimetro do corpo da pea. A cota 6 indica o dimetro do furo passante e a cota 20 indica o dimetro do flange. As outras cotas: 18 e 14 referem-se respectivamente, ao comprimento da pea e ao comprimento do corpo da pea. Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho tcnico com supresso de vistas de uma pea representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a pea. Trata-se de um disco com furos, simtrico longitudinal e transversalmente.

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    Agora, analise a pea representada atravs de quarta-parte de vista e acompanhe a leitura das cotas.

    O dimetro da pea 40 mm. O dimetro do furo central 12 mm. A cota que indica a distncia dos furos menores opostos 26. O dimetro dos 6 furos menores 4 mm. A espessura da pea, indicada pela abreviatura ESP 1, 1 mm. As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traos paralelos nas extremidades. Lembre-se que as representaes atravs de vistas parciais mostram apenas partes de um todo, mas as cotas indicadas nessas vistas referem-se s dimenses do todo.

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/ 2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

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    Desenho em corte

    Corte Corte significa diviso, separao. Em desenho tcnico, o corte de uma pea sempre imaginrio. Ele permite ver as partes internas da pea.

    Hachuras Na projeo em corte, a superfcie imaginaria cortada preenchida com hachuras.

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    Hachuras so linhas estreitas que, alm de representarem a superfcie imaginada cortada, mostram tambm os tipos de materiais.

    O hachurado traado com inclinao de 45 graus.

    Para desenhar uma projeo em corte, necessrio indicar antes onde a pea ser imaginada cortada. Essa indicao feita por meio de setas e letras que mostram a posio do observador.

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    Corte na vista frontal

    Corte na vista superior

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    Corte na vista lateral esquerda

    Observaes: A expresso Corte AA colocada embaixo da vista hachurada. As vistas no atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas. Na vista hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso no

    dificulte a leitura do desenho. Mais de um corte no desenho tcnico At aqui foi vista a representao de um s corte na mesma pea. Mas, s vezes, um s corte no mostra todos os elementos internos da pea. Nesses casos necessrio representar mais de um corte na mesma pea.

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    Exemplo de desenho em corte cotado

    Meio-corte O meio-corte empregado no desenho de peas simtricas no qual aparece somente meia-vista em corte. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar, em uma s vista, as partes internas e externa da pea.

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    Em peas com a linha de simetria vertical, o meio-corte representado direita da linha de simetria, de acordo com a NBR 10067. Na projeo da pea com aplicao de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser omitidas na parte no-cortada.

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    Meio-corte em vista nica Em peas com linha de simetria horizontal, o meio-corte representado na parte inferior da linha de simetria.

    Duas representaes em meio-corte no mesmo desenho

    Representao simplificada de vistas de peas simtricas Nem sempre necessrio desenhar as peas simtricas de modo completo. A pea representada por uma parte do todo, e as linhas de simetria so identificadas com dois traos curtos paralelos perpendicularmente s suas extremidades.

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    Outro processo consiste em traar as linhas da pea um pouco alm da linha de simetria.

    Meia-vista Para economia de espao, desenha-se apenas a metade da vista simtrica.

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  • Desenho I - Iniciao ao desenho Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

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    Escalas

    Antes de representar objetos, modelos, peas, etc. deve-se estudar o seu tamanho real. Tamanho real a grandeza que as coisas tm na realidade. Existem coisas que podem ser representadas no papel em tamanho real.

    Mas, existem objetos, peas, animais, etc. que no podem ser representados em seu tamanho real. Alguns so muito grandes para caber numa folha de papel. Outros so to pequenos, que se os reproduzssemos em tamanho real seria impossvel analisar seus detalhes. Para resolver tais problemas, necessrio reduzir ou ampliar as representaes des-tes objetos. Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representao de alguma coisa possvel atravs da representao em escala. O que escala A escala uma forma de representao que mantm as propores das medidas line-ares do objeto representado.

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    Em desenho tcnico, a escala indica a relao do tamanho do desenho da pea com o tamanho real da pea. A escala permite representar, no papel, peas de qualquer ta-manho real. Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real so mantidas, ou au-mentadas, ou reduzidas proporcionalmente. As dimenses angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representaes em escala, as formas dos objetos reais so mantidas. Veja um exemplo.

    Figura A Figura B Figura C A figura A um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ngulos retos. Cada lado da figura A mede 2u (duas unidades de medida). B e C so figuras semelhantes figura A: tambm possuem quatro lados iguais e qua-tro ngulos iguais. Mas, as medidas dos lados do quadrado B foram reduzidas pro-porcionalmente em relao s medidas dos lados do quadrado A. Cada lado de B uma vez menor que cada lado correspondente de A. J os lados do quadrado C foram aumentados proporcionalmente, em relao aos lados do quadrado A. Cada lado de C igual a duas vezes cada lado correspondente de A. Note que as trs figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ngulos i-guais. Ento, podemos dizer que as figuras B e C esto representadas em escala em relao figura A.

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    Existem trs tipos de escala: natural, de reduo e de ampliao.

    A seguir voc vai aprender a interpretar cada uma dessas escalas, representadas em desenhos tcnicos. Mas, antes saiba qual a importncia da escala no desenho tcnico rigoroso. Desenho tcnico em escala O desenho tcnico que serve de base para a execuo da pea , em geral, um dese-nho tcnico rigoroso. Esse desenho, tambm chamado de desenho tcnico definitivo, feito com instrumentos: compasso, rgua, esquadro, ou at mesmo por computador. Mas, antes do desenho tcnico rigoroso feito um esboo cotado, quase sempre mo livre. O esboo cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contm todas as cotas da pea bem definidas e legveis, mantendo a forma da pea e as propor-es aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboo de uma bucha.

    No esboo cotado, as medidas do objeto no so reproduzidas com exatido. No desenho tcnico rigoroso, ao contrrio, existe a preocupao com o tamanho exa-to da representao. O desenho tcnico rigoroso deve ser feito em escala e essa es-cala deve vir indicada no desenho.

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    Escala natural Escala natural aquela em que o tamanho do desenho tcnico igual ao tamanho real da pea. Veja um desenho tcnico em escala natural.

    Voc observou que no desenho aparece um elemento novo? a indicao da escala em que o desenho foi feito. A indicao da escala do desenho feita pela abreviatura da palavra escala: ESC, se-guida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral esquerda dos dois pontos representa as medidas do desenho tcnico. O numeral direita dos dois pontos representa as medidas reais da pea. Na indicao da escala natural os dois numerais so sempre iguais. Isso porque o ta-manho do desenho tcnico igual ao tamanho real da pea. A relao entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto de 1:1 (l-se um por um). A escala natural sempre indicada deste modo: ESC 1:1. Escala de reduo Escala de reduo aquela em que o tamanho do desenho tcnico menor que o tamanho real da pea. Veja um exemplo de desenho tcnico em escala de reduo.

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    As medidas do desenho so vinte vezes menores que as medidas correspondentes do rodeiro de vago real. A indicao da escala de reduo tambm vem junto do dese-nho tcnico. Na indicao da escala de reduo o numeral esquerda dos dois pontos sempre ser 1. E o numeral direita sempre ser maior que 1. No desenho acima o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se l: um por vin-te). Escala de ampliao Escala de ampliao aquela em que o tamanho do desenho tcnico maior que o tamanho real da pea. Veja o desenho tcnico de uma agulha de injeo em escala de ampliao.

    As dimenses desse desenho so duas vezes maiores que as dimenses correspon-dentes da agulha de injeo real. Esse desenho foi feito na escala 2:1(l-se: dois por um). A indicao da escala feita no desenho tcnico como nos casos anteriores: a palavra escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos. S que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho tcnico, ser maior que 1. O numeral da direita sempre ser 1 e representa as medidas reais da pea.

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    Escalas recomendadas Voc j aprendeu a ler e interpretar desenhos tcnicos em escala natural, de reduo e de ampliao. Recorde essas escalas:

    desenho pea Natural ESC 1 : 1 ampliao ESC 2 : 1 reduo ESC 1 : 2

    Nas escalas de ampliao e de reduo os lugares ocupados pelo numeral 2 podem ser ocupados por outros numerais. Mas, a escolha da escala a ser empregada no de-senho tcnico no arbitrria. As escalas recomendadas pela ABNT, atravs da norma tcnica NBR 8196, so:

    Categoria Escalas recomendadas 2 : 1 5 : 1 10 : 1

    Escala de ampliao 20 : 1 50 : 1

    Escala natural 1 : 1

    1 : 2 1 : 5 1 : 10

    1 : 20 1 : 50 1 : 100

    1 : 200 1 : 500 1 : 1 000 Escala de reduo

    1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000

    As escalas da tabela podem ser reduzidas ou ampliadas razo de 10. A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representao. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretao fcil e clara da informao representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questo definem o formato da folha para desenho.

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    Cotagem em diferentes escalas Observe os dois desenhos a seguir. O desenho da esquerda est representado em escala natural (1 : 1) e o desenho da direita, em escala de reduo (1 : 2). Observe que as cotas no sofreram alteraes.

    A reduo ou ampliao do desenho somente tem efeito sobre o traado do desenho. As cotas que indicam a medida do ngulo permaneceram as mesmas e a abertura do ngulo tambm no muda. Variam apenas os tamanhos lineares dos lados do ngulo, que no interferem no valor da sua medida em graus.

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    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/ 2008

    Elaborador: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

    01 Capa.pdf02 Introduo.pdf03 Desenho artstico e desenho tcnico.pdf04 Material de desenho tcnico.pdf05 Caligrafia tcnica.pdf06 Figuras geomtricas.pdf07 Solidos geomtricos.pdf08 Perspectiva isometrica.pdf09_Projecao ortogonal.pdf10_Aplicao de linhas.pdf11 Cotagem.pdf12 Supresso de vistas.pdf13 Desenho em corte.pdf14 Escalas.pdf15 4Capa.pdf