06/05/2015 - jornal semanário - edição 3.127

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Venda de veículos Revendas registram queda de 30% Concessionárias têm baixas significativas no trimestre e criam alternativas para atrair consumidores Página 9 Página 13 Assassinato de Anderson Monteiro Pinto, o Boca, mostra que bairro Planalto virou local de acerto de contas entre gangues rivais, afirma delegado Álvaro Becker MARCELO DARGELIO 8º homicídio BENTO GONÇALVES Quarta-feira 6 DE MAIO DE 2015 ANO 48 N°3127 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Criminalidade toma conta de área nobre

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06/05/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.127 - Bento Gonçalves/RS

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Venda de veículos

Revendas registram queda de 30%Concessionárias têm baixas significativas no trimestre e criam alternativas para atrair consumidores Página 9

Página 13

Assassinato de Anderson Monteiro Pinto, o Boca, mostra que bairro Planalto virou local de acerto de contas entre gangues rivais, afirma delegado Álvaro Becker

MA

RCELO DA

RGELIO

8º homicídio

BENTO GONÇALVESQuarta-feira6 DE MAIO DE 2015ANO 48 N°3127

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Criminalidade toma conta de área nobre

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Quarta-feira, 6 de maio de 20152 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

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ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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PrioridadesA Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves está totalmente

mobilizada, neste mês de maio, numa campanha contra o tabagismo. Há 40, 50 anos atrás ser fumante era “charmoso”. Os maiores filmes de então mostravam os grandes atores fumando, as propagandas de cigarros eram intensas em horários nobres da televisão, páginas de revistas e jornais, bem com emissoras de rádio. O incentivo ao fumo era parte do cotidiano da população. Os que viveram na época devem estar lembrados do cowboy que cavalgava num rio norte-americano, mostrando sua “masculinidade” aliada à propaganda de uma mar-ca de cigarro. Pois é! E havia, também, o cigarro preferido porque “queria levar vantagem em tudo”. Quando eu cheguei aos 15 anos, não fumar significava ter a masculidade colocada em dúvida. Nestes aspectos, certamente não poderiam ser considerados “bons tempos, aqueles”, não é mesmo? Mas, graças a Deus e à inteligência das pes-soas, os tempos mudaram. E para melhor. Demorou, mas melhorou. Com a lei nº 9294 de 15 de julho de 1996, o presidente FHC deflagrou um combate forte e consistente contra o tabaco. O art.º 2º desta lei, com a modificação introduzida pela lei 12.546 de 2011, estabeleceu: “Art. 2o É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachim-bos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco,

em recinto coletivo fechado, privado ou público”. Com essa modifi-cação foram extintos os “fumódromos”. Claro que a participação dos governadores e prefeitos que, com legislações estaduais e municipais, regulamentaram e estabeleceram punições aos que descumprissem a lei, foi importantíssima. Hoje estamos livres dos fumantes, não sendo mais obrigados a inalar a fumaça dos seus cigarros e assemelhados. Porém, como era de se esperar, há muitos que insistem em detonar seus pulmões e sua saúde. Em razão disso a Liga de Combate ao Cân-cer está mobilizada com sua equipe de voluntárias e mobilizando a so-ciedade como um todo, na medida em que deflagra intensa campanha de conscientização no combate ao tabagismo. Todos os que tiverem intenção de largar esse maldito e destrutivo vício têm, pois, excelente oportunidade agora. Basta aderir a essa campanha com força e com vontade. Mas, tenho como experiência própria que para deixar de fu-mar basta...querer deixar de fumar. Fumei por muitos anos e no dia 10 de outubro de 1992 decidi, decidi mesmo, deixar de fumar. E nun-ca mais coloquei um cigarro na boca. Para quem fumava três carteiras por dia, foi uma façanha que poucos acreditaram ser possível. Con-trariei a todos e até hoje sou um feliz ex-fumante. E você, fumante, quando tomará essa decisão em prol de você mesmo?

Antô[email protected]

[email protected]

Marcelo DargelioBastidores

Acompanho alguns casos em que a família, principalmente os filhos, desrespeitam e até abandonam os idosos. Acham mais fácil encaminhá-los a uma casa assistencial e, dificilmen-te, vão visitá-los.

Infelizmente, a maioria de nós pensa que não vai envelhe-cer um dia. Acha que não vai precisar de alguém quando es-tiver doente. Esquecemos, de forma absurda, que o tempo está passando cada vez mais rápido e que é preciso valorizar nossos entes queridos em vida, evitando aquela tradicional cho-

radeira (para não dizer peso na consciência) após a morte.

Você já se perguntou os mo-tivos que levam um familiar a desprezar outro de forma tão cruel e insensata? Afinal, pes-soas idosas, doentes ou não, são as mesmas para quem, outrora, prometíamos amor eterno.

Um filho que renega um pai ou uma mãe, abandonando--o em uma casa geriátrica, não sabe o que lhe espera logo ali na frente. Não enxerga que o seu filho, neto daquele que foi es-quecido, pode repetir este mes-mo ato daqui há 20 ou 30 anos.

Respeitem nossos idosos

Você é feliz no seu trabalho? Conseguiu responder rapida-mente ou ainda está pensando? Pois bem, acredito que rende-mos muito mais naquilo que es-tamos fazendo quando estamos trabalhando com o que gosta-mos. Conheço vários amigos que largaram empregos onde eram bem remunerados e consegui-ram a estabilidade para fazer aquilo que gostavam.

Não vai faltar quem me per-gunte: mas Marcelo, como o cara abandona o emprego para

ganhar menos? Simples: não era feliz no lugar onde estava. E, por mais que alguns achem difícil, tem muita gente correndo atrás da felicidade. Abrindo mão do TER para engrandecer o SER.

Quem faz isso não está errado, até porque não temos como levar para o túmulo o dinheiro con-quistado ao longo da vida. Claro que ele é muito importante e es-sencial, nos dias de hoje, mas não é tudo. Quem trabalhar uma vida inteira somente pelo dinheiro, será sempre mal pago.

Seja feliz no que faz

Um elogio faz bem

A maldição do bom alunoVivemos um dilema nos ban-

cos escolares nos dias de hoje. Alunos que querem estudar e adquirir algum conhecimento estão fadados ao bullyng e à ridicularização daqueles que não querem nada com nada. Parece que o bom é ser igno-rante, sem estudos.

As escolas públicas, não todas, mas a maioria, de uma maneira geral, estão igualando os desi-guais. A aprovação a qualquer custo faz isso com quem ainda pensa em ser alguém na vida

através dos estudos. Seu filho, sua filha, que se aplica para ter boas notas, passa cada vez mais despercebido pelos professores, graças aos mal educados, que vão à escola a passeio e não que-rem nada com os livros.

A meritocracia nas escolas pú-blica há muito tempo não é apli-cada, porque os melhores são co-locados à margem daqueles que insistem em manter-se na reali-dade em questão. Um problema sério, difícil de ser resolvido com as políticas públicas de hoje.

Você já deu um elogio à alguém hoje? Isso mesmo, elogiar uma pessoa faz bem para quem realiza o ato e também para quem o re-cebe. O fato é que perdemos este hábito no nosso cotidiano.

O olhar das pessoas, de uma maneira geral, corre automatica-mente para as coisas negativas, esquecendo de analisar ou levar em conta fatores positivos em de-terminadas situações. É a tão fa-lada metáfora do copo meio cheio ou meio vazio.

Um elogio, mesmo nas coisas mais simples, é motivante e pode ter um efeito inesperado para

quem é elogiado. Nas empresas, fazer o correto não é mais do que uma obrigação de todo e qual-quer funcionário, mas, de vez em quando, é preciso dar valor e destacar aqueles que mantém o negócio na linha, os chamados comprometidos com a filosofia.

A motivação de um funcioná-rio não precisa vir somente com o aumento de salário. Palavras de incentivo e de reconhecimento podem melhorar seu rendimento e fazer com que ele sempre queira dar o seu melhor no setor em que atua. Pequenos detalhes que po-dem fazer uma grande diferença.

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PainelQuarta-feira, 6 de maio de 2015 3Opinião

Segue aberto até terça--feira, 12 de maio, o edital de concorrência para o pro-cesso de escolha dos novos membros do Conselho Tute-lar. Lançado pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comdica), o edital está disponível no site da prefeitura. As eleições ocorrem no dia 4 de outubro. Serão eleitos cinco mem-bros, com mandato para o quadriênio 2016/2019. Os conselheiros trabalham 40 horas semanais. O salário é de R$ 2.120,08, acrescido de vale alimentação no valor de R$ 337,41.

Parada das flores

Edital do Conselho Tutelar

Ex-presidente Lula afirmou que as revistas Veja e Época são “um lixo”. Ele também tem feito contundentes críticas aos empresários. Lula não deveria colocar uma empresa, gerar empregos, pagar tributos, energia, transporte, etc, e assim compreender melhor o que se passa com nosso Brasil? E mais: o que seria do Brasil de hoje sem as denúncias das revistas, com um monte de ladrões soltos por aí, sem punição? A quem Lula quer defender acusando?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

DIVU

LGA

ÇÃO

O centro de pesquisa clínica CliniOnco está selecionando pacientes com diagnóstico de câncer de mama, cólon e reto, com estadiamento I, II e III,

com idade entre 40 e 80 anos e que não apresentem nenhum comprometimento cognitivo e/ou transtorno mental. O coor-denador responsável é o psi-

cólogo Cristiano de Oliveira. Interessados devem entrar em contato através do telefone (51) 4009.6026 ou pelo e-mail [email protected].

Pesquisa clínica

A pouco mais de um mês para a chegada do inverno, as flores de Laurindo Zanin, 72 anos, dão um colorido espe-cial à paisagem. E por causa da beleza das três-marias, a parada de ônibus em fren-te à casa do aposentado, na rua Pedro Maranha (bairro

Progresso), passou a ser cha-mada de “parada das flores” pelos usuários do transpor-te público. “O pessoal vem aqui e até tira foto em frente ao portão, de tão bonito que acham”, ressalta Zanin.

O pé de três-marias foi plantado há dois anos e meio

pelo aposentado e ele afirma que mais botões estão prestes a abrir. “Coloco muito adubo e só uso água da chuva, para o cloro não queimar e também para colaborar com o meio ambiente. Dá trabalho, mas o que vale é ver essa beleza da natureza”, salienta Zanin.

LEON

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O LO

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Deputado estadual Marlon Santos em Bento

No domingo, 26, Bento Gonçalves recebeu, mais uma vez, o depu-tado estadual e médium Marlon Santos (PDT). O motivo de sua vinda foi uma palestra sobre a mediunidade, que lotou as dependências do CTG Laço Velho. O valor arrecadado com os ingressos chegou a qua-se R$ 10 mil e será revertido para a compra de materiais para o PA 24h, como seringas descartáveis, gases, esparadrapos, luvas, másca-ras e outros. O vereador Jocelito Tonietto (PDT), apoiador do evento, esteve presente, junto com o presidente do PDT, Evandro Speranza. Com os valores arrecadados nas outras palestras que Santos realizou no município, foi possível a construção de duas academias ao ar livre, sendo uma no bairro São Roque e outra no São Bento.

Feira a preços de fábricaAté domingo, 10 de maio, acontece a “Nossa Feira, A Feira dos

Fabricantes” no CTG Laço Velho de Bento Gonçalves. O evento traz o melhor da moda outono-inverno em malhas, bolsas, calça-dos, jaquetas e acessórios, com preços de fábrica. A feira também comercializará edredons, itens de cama, mesa e banho, doces de Pelotas e muito mais. O evento tem estacionamento e entrada franca, e está aberto para visitação das 14h às 21h no CTG.

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Quarta-feira, 6 de maio de 20154 Geral

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Eles venceramForam semanas e semanas pedindo:- “Por favor, estacionem no lugar certo. Esta entrada

foi feita só para pedestres e o piso não aguenta.”Não adiantava. Colocavam o caro na entrada do es-

critório e o piso afundou. Foi instalado um poste de ferro e deu certo, em parte.

O problema se arrastou de outra forma: quebra de lâmpadas, xixi no portão da garagem, papel no chão, “biuta” de cigarro, plástico de sacos de gelo, garrafas vazias e tudo que é tipo de lixo.

Quando apareceu uma “camisinha”, foi demais.Êta gente insistente, Tchê!

Aliás, não sei se se tratava de gente porca ou mal edu-cada. Não é a mesma coisa.

O porco, ninguém ensinou. O mal educado deve ter sido ensinado e não quis aprender.

O fato é que, porcos ou mal educados, eles venceram.

Decidi colocar cerca de ferro e fechar toda a frente do escritório. Só assim vou (acho) me livrar da “porcaria” da sujeira.

Parece incrível mas este tipo de problema acontece onde se concentra muita gente. Lembro do exemplo dado pela torcida japonesa que, ao terminar o jogo, re-colheram toda a sujeira em sacos plásticos dando um exemplo de educação. Isto aconteceu aqui no Brasil, quando da última Copa do Mundo.

O bom é que também temos gente educada: famílias que sentam nas praças e mantem a ordem no lugar. São exemplares. Isto nos dá a esperança de que nem tudo está perdido.

Não desistam: acreditem que é possível mudar.Se ensinarmos as crianças eles irão crescer e formar

um outro time, daqueles que podem fazer a diferença na hora do jogo e, quem sabe, vamos ter menos cercas de ferro guardando as frentes dos terrenos.

Até lá, dê-lhe ferro nas calçadas!

Reforma da Casa dos Estudantes sem definição

IFRS

Fechado desde o final de 2013, instituto discute futuro do internato

Cleunice [email protected]

O Câmpus de Bento Gonçal-ves do Instituto Federal do

Rio Grande do Sul (IFRS) con-tinua debatendo sobre reformar o internato já existente ou cons-truir uma nova casa do estudan-te na instituição. Somente a par-te inferior estava sendo usada para a moradia dos estudantes e o espaço não era suficiente para abrigar todos que necessitavam da casa. Porém, desde o final de 2013, o local está fechado para reformas e ainda não há uma definição sobre o assunto.

Luciano Manfroi, diretor geral do IFRS de Bento, explica que o processo para a reforma da Casa dos Estudantes iniciou em 2012. Na época, houve uma delibe-ração do Conselho de Câmpus (formado por representantes de servidores administrativos e do-centes, discentes e comunidade externa) para que uma reforma no local fosse realizada. “Ao final do ano de 2013, os alunos foram comunicados que em 2014 o in-ternato seria reformado, por de-cisão da comunidade acadêmi-ca representada no conselho. Ainda, nos dois primeiros me-ses do ano passado, o processo para reforma foi iniciado e fi-nalizado em meados do mês de agosto. Em uma reunião deste mesmo conselho, em setem-bro, o presidente em exercício foi questionado do porquê da reforma ainda não ter sido ini-ciada, pois já haviam se passa-do oito meses”, explica.

Manfroi aborda que no caso do Instituto, existem os trâmi-tes legais para que a obra seja realizada, abrangendo desde o projeto de reforma até a execu-ção da obra. No mês de agosto de 2014, o processo estava na fase final do projeto para mon-tar o edital de licitação.

Após o questionamento, o conselho tomou a decisão de discutir novamente com todos os setores da Instituição. Segun-do o diretor, foi constituída uma comissão para fazer um estudo e decidir entre a continuidade da reforma do internato ou a cons-trução de uma nova casa do es-tudante, em outro espaço. “Esta comissão fez um relatório para

ser discutido e analisado pelos três segmentos da comunidade acadêmica (docentes, técnicos administrativos e discentes)”, lembra Manfroi.

A gestão do Câmpus aguarda as discussões com todos os seg-mentos da comunidade acadê-mica, que levarão ao conselho as decisões, para que o mesmo faça a deliberação final. A refor-ma ou construção da nova casa dará condições adequadas para que os estudantes possam de-sempenhar da melhor maneira possível as atividades de ensi-no, pesquisa e extensão, garante Manfroi. “Existe um Conselho, com todas as partes da comuni-dade acadêmica representada, mais comunidade externa, e a decisão será tomada a partir do posicionamento deste”, finaliza.

Alunos recebem auxílio federal

Quanto aos estudantes, Man-froi informa que o Governo Fe-deral disponibiliza, através do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), várias for-mas de auxílio. No ano passado, o instituto ajudou 107 estudan-tes e neste ano serão beneficia-dos 98. “O internato até 2014 era somente para alunos do sexo masculino que cursavam o ensi-no médio, porém temos que dar oportunidade para todos, seja do sexo masculino ou feminino, seja do ensino médio ou supe-rior, abrangendo uma maior quantidade de alunos”, ressalta.

Os estudantes relatam que a casa ou internato, é realmente

um problema a ser enfrentado. Vitor Cássio Mizevski, acadê-mico do Curso Superior de Viti-cultura e Enologia, explica que o Câmpus do IFRS de Bento está crescendo a cada dia, com mais oferta de cursos. “Para ter uma ideia, depois que o Cefet se tor-nou um IF, muitos cursos novos surgiram aqui em Bento como Logística, Licenciaturas em Ma-temática e Física, além dos proe-jas, e creio que, em um futuro próximo, mais virão”, comenta.

Ele estuda no instituto desde 2008 e afirma que notou o cres-cimento do local e que o inter-nato sempre foi importante para os alunos que moram longe, também aborda que o instituto precisa desse espaço para sa-las de aula, devido ao aumento de cursos e alunos. “O término desse internato tem seus con-tras. Se você pensar pelo lado do estudante que ficaria lá, eles recebem auxílio do governo para alugarem um local, mas têm muitos pais que vão pensar em não deixar um filho com 14 ou 15 anos vir para cá e morar sozinho. O internato dava certa segurança”, ressalta.

Quanto à importância da volta da casa, Mizevski lembra que há espaço no Câmpus, no qual não há construções, mas são utiliza-dos para experimentos e aulas práticas. Além disso, o interna-to deve voltar. “Acredito que o internato deveria continuar e que o instituto deveria ter mais infraestrutura. Talvez devessem construir um novo internato ou continuar com o que lá está, mas o espaço é limitado”, finaliza.

Parte inferior do prédio era utilizada para acomodar os alunos

CLEUN

ICE PELLENZ

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Quarta-feira, 6 de maio de 2015 5

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Quarta-feira, 6 de maio de 20156 Geral

EDSO

N PEREIRA

, DIVU

LGA

ÇÃO

nós no mundo

Casar para quê?Entramos em maio. Isso, mês “das noivas”.Com o clima de liberdade/libertinagem que vivemos ul-

timamente, às vezes me pergunto: gente, por que ainda casamos? É verdade que a mulher veio conquistando seu espaço no mercado de trabalho e ver-se como propriedade de um homem já deixou de ser uma coisa over, é total-mente ultrapassado e nem pensamos mais nisso. O que há então de tão interessante nessas promessas de amor eter-no e contrato de fidelidade? Qual a vantagem em juntar o que se tem e acabar dividindo o que se passa a conquistar?

Acredito que o passar do tempo tenha purificado um pouco as coisas. O casamento, que continha em si uma série de motivos civis, materiais e empresariais, agora não tem tanta razão de ser a não ser quando guiado pelo simples e genuíno desejo de ficar junto. Ou pelo menos deveria ser assim, creio eu. Então é bonito sim de ver. Bo-nito de ver sorrisos, de ver gente bem vestida, preparada especialmente para ouvir os votos, as declarações de uma intenção de vontade que depois, lutar-se-á por cumprir.

Por isso vamos publicar na próxima edição da NOI não apenas um editorial de moda especialmente elaborado resgatando as origens de símbolos do casamento (pro-duzido por Edson Pereira e Ana Dotto), como também registraremos para sempre um dos enlaces mais bonitos da região nos últimos meses, a união em matrimônio de Evandro Speranza e Elicelene Zimermman. A colunista do Caderno S na NOI Caroline Pandolfo também abordará o tema dando dicas imperdíveis de como planejar um mo-mento inesquecível para os convidados da festa.

Não, o casamento não caiu de moda. Ele se transfor-mou. Quem nunca foi numa festa cheia de ostentação po-rém chata? E quantas vezes vamos à cerimônias simples, mas super divertidas, das quais saímos com a sensação de coração cheio? Nada errado em investir bastante na fes-ta, aliás, é o que todo mundo quer, mas nem todo mundo pode. Então é importante considerar que chique mesmo é ser autêntico e verdadeiro. A partir de agora se você for convidado para um casamento um pouco mais alternativo, no que tange o sexo dos cônjuges, o lugar da cerimônia, a decoração um pouco mais inovadora, não se apegue, pres-te atenção ao que realmente importa – a essência do amor. E deste, todos precisam.

Caroline [email protected]

Leonardo [email protected]

Uma família de Bento Gon-çalves obteve na Justi-

ça o fornecimento, por parte do Serviço Único de Saúde (SUS), de Hemp Oil para um menino portador da Síndrome de Lennox-Gastaut. O medica-mento é a base de canabidiol, elemento ativo da maconha, e não é comercializado no Bra-sil. A importação das doses necessárias custariam mais de R$ 30 mil mensais.

A criança, que teve a identida-de preservada a pedido da famí-lia, sofre uma média de 70 crises convulsivas por mês. A ação civil pública, movida pelo procurador Alexandre Schneider, do Minis-tério Público Federal (MPF), foi analisada pelo juiz federal Eduar-do Kahler Ribeiro. “Havia provas no processo que me conveceram que o menor necessitava desta medicação e que a família não tinha o valor necessário para o custo. Logo se fazia necessária uma atuação da União”, conta.

Conforme a inicial, o menino passou por diversas terapias que não foram bem sucedidas no controle desta enfermidade. A única alternativa viável seria o tratamento específico. “Esta me-dicação não é proibida no país. Ela é sujeita a uma importação especial. Neste caso, o menor já havia obtido por três vezes esta importação excepcional. Havia uma prova muito clara da ne-

Importação excepcional

MPF garante, pelo SUS,medicamento para criançaPolêmico remédio a base de canabidiol evitará série de crises convulsivas

Medicamento ainda não possui registro para comercialização no Brasil

cessidade desta medicação”, ar-gumenta o magistrado.

Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recentemente liberado a im-portação do canabidiol, o mes-mo ainda não possui o registro necessário para ter sua distri-buição efetuada dentro do SUS. Foi por esta razão que a família da criança recorreu ao MPF.

O juiz Eduardo Ribeiro ex-plica que estas ações de forne-cimento de medicamentos são recorrentes. A maior demanda é por medicamentos oncológi-cos que, em geral, possuem um valor expressivo e existe uma série de divergências sobre o melhor tratamento. “Princi-palmente de alternativas tera-pêuticas que não são liberados pelo SUS porque este ainda entende que aqueles medica-mentos não são indicados para as situações específicas que os

autores requerem. Mas isso em muitos processos é revertido, com as partes apresentando provas que realmente aqueles medicamentos específicos se fazem necessários”, explica.

O juiz Eduardo Ribeiro acres-centa que a tramitação deste tipo de processo, na Justiça Fe-deral, é ágil. “O que nem sempre é rápido é a efetiva prestação da tutela deferida, pois depende de uma ação da União, ou depo-sitando o valor ou fornecendo esta medicação em espécie. Este procedimento depende do Mi-nistério da Saúde em Brasília, o que nem sempre é simples. Pos-so falar que, especificamente na subseção de Bento Gonçalves, a União tem cumprido com suas obrigações após o deferimento, em regra com o depósito em juízo do valor necessário para o pagamento dos medicamentos postulados”, finaliza.

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Quarta-feira, 6 de maio de 2015 7Geral

Justiça Restaurativa

Relação de paz pode ser estabelecidaCom mais de seis meses de atuação, o projeto Restaura Bento Pacificação na Comunidade - Círculos de Paz já colhe frutos

Cleunice [email protected]

Muitos são os casos de vio-lência registrados em vá-

rios locais do país. Em alguns, a Justiça é acionada para solucio-ná-los, mas na forma retribu-tiva, que vê o crime como uma violação da lei penal, cuja res-posta deve ser a punição com certa medida de ressocializa-ção. Porém existe uma metodo-logia alternativa que está sendo aplicada em vários locais do Brasil, inclusive em Bento Gon-çalves, e vem trazendo resulta-dos positivos. Chamada Justiça Restaurativa, essa medida está sendo utilizada para solucionar casos e principalmente para a prevenção deles.

Desde setembro de 2014, o projeto Restaura Bento - Pa-cificação na Comunidade: Cír-culos de Construção de Paz é realizado no município. No dia 2 de outubro de 2014, foi im-plantada a Central de Práticas Restaurativas, junto à sede do Ministério Público. Na mesma época, Bento Gonçalves im-plantou o Núcleo de Práticas Restaurativas que, com a par-ceira firmada com as Promoto-rias de Justiça, desenvolve as atividades administrativas no mesmo espaço da Central.

Para o promotor Elcio Resmi-ni Meneses, o trabalho realizado é recente, mas os resultados são visíveis. “Tenho visto que o tra-balho tem surtido efeito na com-preensão, pelo adolescente, do erro de sua conduta em relação à vítima, assumindo compromis-sos de mudança de comporta-mento não só com a vítima, mas também com relação a tercei-ros”, relata. Além disso, na Cen-tral de Práticas Restaurativas, o trabalho é realizado nas situa-ções de conflitos ocorridas em escolas ou no entorno delas. “A Central acolhe os envolvidos, re-flete sobre os atos e propõe uma nova forma de agir. Quando che-gam os procedimentos policiais que informam a existência dos atos infracionais relacionados às

escolas, há o encaminhamento para as técnicas que atuam junto à Central de Práticas Restaurati-vas, que iniciam a intervenção. Diferentemente das interven-ções do Núcleo de Práticas Res-taurativas, que atua na também na prevenção, a Central atende os casos mais específicos, mas é importante referir que, mes-mo após a intervenção da Cen-tral, os adolescentes infratores recebem a medida socioeduca-tiva, afastando a hipótese da impunidade”, finaliza.

Para a secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, o traba-lho é importante para auxiliar na resolução de conflitos e dar subsídios às equipes que estão nas escolas. “Está sendo recep-tivo, pois acrescenta no trabalho

diário desenvolvido nas escolas. A prevenção de problemas bene-ficia os alunos tanto na sala de aula, quanto no convívio social envolvendo as famílias”, sa-lienta. O trabalho também está sendo iniciado nas EMIs como forma de prevenção. “Inicial-mente faremos encontros com os profissionais da equipe di-retiva, para prepará-las. O que buscamos é prevenir, através do diálogo, evitando que se instale o conflito. Com profis-sionais capacitados e atentos, podemos evitar as situações dos problemas”, afirma.

Rosali Faccio Fornazier, se-cretária de Assistência Social, garante que a Justiça Restau-rativa teve uma boa aceitação por parte das escolas e do judi-

ciário. “Aplicamos esta Justiça nas pequenas coisas, como as brigas em famílias ou na comu-nidade, sem ir às vias de fato. Nas brigas entre escola e famí-lia, ou até mesmo na escola, são feitos os círculos onde se dis-cute o assunto para apaziguar a situação”, relata. Fornazier ressalta que a agenda da equipe está sempre lotada. “As escolas estão aderindo e temos obser-vado que o comportamento en-tre alunos e os próprios profes-sores que fazem o círculo de paz é mais harmônico”, salienta.

As equipes diretivas das es-colas também afirmam que o trabalho realizado foi signi-ficativo. João Roberto Zan-chetti, diretor da Escola Maria Borges Frota (antigo Caic), no

Zatt, relata que os alunos es-tão solicitando a retomada dos trabalhos. “As práticas restau-rativas foram iniciadas com os alunos do 6º ano, não foi uma adesão em massa, mas nota-mos bastante resultado. Posso dizer que houve uma significa-tiva melhora, os alunos estão interessados e querem que retome o trabalho, pois eles sentem que precisam”, abor-da. Os professores da Escola Bento vivenciaram, nas últi-mas semanas, duas práticas de Círculos de Paz para a re-solução de conflitos. O caso, segundo eles, foi para a Pro-motoria e teve a intervenção. Também salientam que estas práticas acontecem, para que se sintam ouvidos.

A Central de Práticas Restau-rativas tem como foco inicial o atendimento de adolescentes em conflito com a lei, mais vol-tada aos atos infracionais que acontecem no âmbito escolar, além de situações que envol-vem a vulnerabilidade de ido-sos. Atuam, junto à Central, três profissionais: as servido-ras públicas municipais Clau-dia Refatti Benato, orientadora educacional e pedagoga e, no apoio administrativo, Vanda Gomes Meneses, servidora do Ministério Público.

Já o Núcleo de Práticas Res-taurativas, que iniciou em fe-vereiro de 2015, atua com foco na prevenção, embora também atue na resolução de conflitos através dos Círculos de Cons-trução de Paz junto às escolas municipais (infantis e de ensino fundamental) e estaduais. Des-ta forma, previnem-se as situa-ções de conflito no meio social, envolvendo alunos, pais, equipe diretiva e funcionários. O Nú-cleo é coordenado pela orien-tadora educacional Claudia Refatti Benato e conta também

Círculos de Construção de Paz são realizados junto às escolas envolvendo também equipes diretivas

Trabalho realizado conta com o apoio da comunidade

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O que é a Justiça Restaurativa

É um encontro de pessoas diretamente envolvidas em uma situação de violência ou conflito, seus familiares, ami-gos e comunidade.

Orientados por um facilita-dor, segue um roteiro pré-de-finido. Para isso, são realiza-dos os círculos de construção de paz, onde há um espa-ço seguro e adequado para o diálogo aberto e sincero, buscando restaurar rela-ções, sem fazer julgamentos e apontar culpados.

As pessoas abordam os pro-blemas e constroem as so-luções para o futuro, com o objetivo de identificar as ne-cessidades não atendidas, a fim de restaurar a harmonia e o equilíbrio dos envolvidos, tendo como princípios básicos a voluntariedade, humildade, honestidade, responsabilida-de, sigilo, ética, interconexão, empoderamento e esperança.

com o trabalho da professora e facilitadora Clari Tomasi.

Nos quatro últimos meses de 2014, 449 pessoas foram con-templadas com as atividades realizadas. A equipe acredita que o trabalho está surtindo bons efeitos na comunidade, principalmente no âmbito es-colar, onde as abordagens pre-ventivas estão sendo construí-das, esperando que a Justiça Restaurativa transforme-se em Política Pública no município, como uma metodologia para solucionar os conflitos.

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Quarta-feira, 6 de maio de 20158 Geral

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Data é considerada a segunda melhor em resultados pelos comerciantes, ficando atrás apenas dos festejos natalinosCRISTIA

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Cristiane Grohe [email protected]

Para cada tipo de mãe, um estilo de presente diferente

Para ajudar na escolha do pre-sente , o jornal Semanário pes-quisou opções no comércio de Bento Gonçalves. Confira as di-cas e veja qual delas se encaixa com o estilo da sua mãe e com o que cabe melhor no seu bolso.

Ótica FiorenseBrinco ouro 10k, com pedra de zircônea Valor R$ 152

Expectativa dos comerciantes de Bento é que a procura pelos presentes se intensifique neste sábado, 9

Comércio espera crescimento de 7%Dia das Mães

O Dia das Mães deve aque-cer o comércio de Bento

Gonçalves nos próximos dias. A data, comemorada no próxi-mo domingo, dia 10 de maio, é considerada a segunda maior em vendas para o setor, depois do Natal. Conforme o levanta-mento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL), com 30 esta-belecimentos, os comerciantes esperam que o aumento das vendas seja em média 7% maior do que no ano passado. Os itens mais procurados devem ser as joias e acessórios, seguido por calçados, confecções, cosméti-cos e eletrodomésticos.

O presidente da CDL Bento, Marcos Carbone, acredita que a oferta variada de produtos, condições facilitadas de compra e um atendimento qualificado são alguns dos fatores que es-timulam ainda mais as vendas no período. “O varejo trabalha com o apelo das datas sazonais para expandir as vendas, mas é

visível a iniciativa que muitas lojas têm tomado para poten-cializar o aproveitamento desse momento”, observa Carbone.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Vare-jista de Bento Gonçalves (Sin-dilojas), Daniel Amadio, o pre-

sente em média custará R$130. Porém, para o presidente da en-tidade, mesmo com o forte ape-lo emocional que o dia repre-

senta, as vendas não devem ter um crescimento significativo. “A expectativa é que o volume comercializado não ultrapasse a inflação do período”, explica.

Um dos proprietários da marca O Boticário em Bento Gonçalves, Leonardo Carbo-ni, espera um crescimento de 11% nas vendas em relação ao ano passado. “O sábado, vés-pera do Dia das Mães, deve compreender 15% de vendas do mês de maio”, destaca. Ele acredita que a procura pelos presentes deve se intensificar a partir desta quinta-feira, 7.

A assistente administrativo, Renata Rizzana, 33 anos, já de-cidiu o que vai comprar para a mãe. “Um buquê de flores e uma echarpe”, revela. Ela conta que a mãe gosta de flores e a echarpe é para aproveitar a chegada do frio. A assistente pretende gas-tar de R$100 a R$120. “Nada muito caro, só uma lembrança”. Ao mesmo tempo, Renata, que também é mãe de Frederico, 4, está ansiosa para ganhar o seu presente. “Acho que vai ser ócu-los de sol”, arrisca.

Comodità OfficinaAromatizador, manteiga corporal, creme para mãos, sabonete em barra marca IdentitàValor entre R$19 a R$ 79

Andreia Salão BoutiqueHidratação com os produtos da marca MoroccanoilValor a partir de R$100(conforme o comprimento do cabelo)

Intimità Moda IntimaBota Júlia, marca Daniela TombiniValor R$165

APP PapelariaLivro de colorir para adultos Jardim SecretoValor R$29,90

O BoticárioPalette de Maquiagem Make B. Luxury Valor de R$ 162

MerienePijama de softValor R$71,55

MedicinallesDifusor de aromas, creme paras mãos Flor de Laranjeira e necessaire Valor do kit: R$ 150

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Quarta-feira, 6 de maio de 2015 9Geral

De acordo com o coordena-dor do curso de pós-gradua-ção em gestão financeira da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Jacir Tasca, a atual situação do setor inspira cau-tela e o momento não é propí-cio para investimentos a lon-go prazo. “Estamos passando por uma crise de confiança no cenário brasileiro com os problemas que envolvem um de nossos maiores símbolos, a Petrobrás. O assunto reflete em praticamente todos os se-tores, inclusive no automobi-lístico, que está apresentando quedas significativas em 2015 e provavelmente não irá se re-

cuperar tão cedo”, informa. Segundo Tasca, outro fator

que impacta diretamente so-bre a venda são os aumentos efetuados pelo Governo no pri-meiro trimestre. “O consumi-dor de classe média está pas-sando por uma reestruturação financeira para se adequar aos repasses nas contas de eletri-cidade, gás e impostos. Toda essa nova demanda de gastos gera um replanejamento so-bre as despesas de primeira necessidade, deixando a troca ou aquisição de veículos para segundo plano, o que tende a agravar ainda mais o cenário automobilístico”, avalia.

Para o economista, o setor só voltará a crescer no final de 2015. “Considerando a volta do crescimento no número de empregos gerados pela indús-tria, e com a melhora dos índi-ces econômicos no decorrer do ano, o ramo apresentará resul-tados tímidos, porém positivos até o final do ano”, conclui.

Segundo a Anfavea, os au-tomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus devem chegar a 2,83 milhões de unidades, ante 3,49 milhões em 2014, o que representará queda de 18,93%. A projeção anterior era de queda de 10% para o ano.

média de fevereiro, de 10,9 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.

Para a Anfavea, o único re-sultado que poderá ser come-morado em 2015 pelas mon-tadoras é o crescimento de 1,7% no número de unidades fabricadas. A instituição aler-ta que o atual cenário se repe-tirá até 2019, quando o Bra-sil alcançaria 3,82 milhões de veículos produzidos. No entanto, ainda será um nível

desconfortável, pois a capaci-dade instalada anunciada pe-las antigas e novas empresas ficará acima de cinco milhões de unidades. A instituição também projeta uma queda de mais 10% nas vendas em 2015. As razões desse pes-simismo a longo prazo são a economia, que não cresce, e a falta de crédito no mercado.

Segundo Marcos Raimundi, gerente comercial da conces-sionária DR Sul, os reflexos

da crise são mais expressi-vos no município do que em âmbito nacional. “Contabili-zamos quedas de até 25% em comparação ao último ano. Embora a indústria já tenha começado o ano preparada para uma redução, não es-perávamos que pudesse che-gar a um patamar tão alto”, revela. De acordo com ele, a empresa contabilizou 75 em-placamentos a menos ante o mesmo período de 2014.

Para Gerson Breda, geren-te da concessionária Eiffel Citroën, ainda que a empre-sa tenha registrado queda de aproximadamente 30% no primeiro trimestre em com-parativo a 2014, a estimativa é que as vendas voltem a cres-cer entre 5% a 15% até o final do ano. “Embora os primei-ros meses não tenham sido satisfatórios, acredito que a tendência do setor automobi-lístico no país seja mais favo-rável às revendedoras no se-gundo semestre”, afirma.

Em paralelo à crise, na ten-tativa de elevar o número de vendas e atrair o consumidor, os lojistas apostam em trata-mento diferenciado, horários flexíveis e promoções que chegam a contemplar o clien-te com 10% de desconto sobre o valor total do automóvel. Outro recurso que ganhou destaque nas agências são as trocas especiais. Segundo Raimundi, a prática, instalada em diversas concessionárias desde o início do ano, consis-te em realizar a troca do seu veículo por um de igual ou maior valor e ainda assim se capitalizar para quitar aque-la dívida com juros abusivos ou então para realizar novos investimentos. “É uma alter-nativa rápida de conseguir o dinheiro necessário para sair do sufoco e ainda assim sair de carro novo”, explica.

Os efeitos da atual retra-ção econômica começam

a aparecer no setor automo-bilístico. De acordo com a pesquisa divulgada pela As-sociação Nacional dos Fabri-cantes de Veículos Automo-tores (Anfavea), o primeiro trimestre de 2015 teve queda de 17,2 % no número de licen-ciamentos em comparação ao mesmo período de 2014. Os efeitos negativos da crise também são nítidos em Bento Gonçalves, onde as agências chegam a contabilizar queda de 30% na saída de veículos.

Segundo a instituição, o responsável pelo retraimen-to do setor a curto prazo são estoques altos demais, o que aumenta o índice de ociosida-de da indústria e amplifica as perspectivas de desemprego para o segmento. Outro fator que causou impacto direto em comparação ao último ano foi o adiantamento do feriado de Carnaval. Em 2014, os festejos caíram em março, enquanto que neste ano foram realizados em fevereiro, mês que é mais curto que os outros.

De acordo com a pesquisa, em março, foram emplacados, em média, 10,6 mil veículos. Ritmo 20,2% menor do que as 13,3 mil unidades vendidas no mesmo mês de 2014 e 2,4% abaixo da

Concessionárias contabilizam baixas significativas na saída de automóveis e buscam alternativas contra retração econômica

Crise de confiança agrava situação

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2014 2015 Diferença

Veículos Leves

Caminhões

Ônibus

Automóveis 633.572 533.615 -17.02%Comerciais Leves 105.424 99.613 -5.50%

Semi leves 642 305 -52 .49%Leve 8 .644 5 .241 -39.36%Médio 8 .820 1 .289 -85.36%Semipesado 14.331 8 .359 -41.67%Pesados 16.233 6.503 -59.93%

Rodoviário 1689 1556 -7.87%Urbano 8.192 6 .581 -19.66%

FONTE: ANFAVEA

Comparativo primeiro trimestre VALOR EM UNIDADES

Na tentativa de reverter o quadro atual, empresas apostam em promoções para atrair o consumidor

Cristiano [email protected]

Revendas registram queda de até 30%Venda de veículos

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Quarta-feira, 6 de maio de 201510 Geral

ou entrarem em promoções”, explica. Segundo ela, caso as vendas não fiquem estáveis nos próximos meses, os pre-juízos serão preocupantes.

Embora o reajuste tenha fi-cado abaixo da inflação, que tem expectativa de pico de 8,25% para 2015, a insatisfa-ção em pagar mais pelos me-dicamentos é nítida nos con-sumidores. Para a aposentada Ângela Ignes Dias, que sofre de problemas cardíacos, o reajuste tem impacto dire-to nas finanças. “Os dois re-médios que eu tomo aumen-taram de preço. Apesar do reajuste não parecer tão sig-nificativo, quando se depen-de de salário mínimo para o sustento, qualquer acréscimo de custo faz falta no final do mês”, conta.

Além da inflação do perío-do, para a fixação do valor foram seguidos critérios que consideram a produtividade da indústria, a variação de custos dos insumos e a con-corrência dentro do setor. A regulação atinge 9.120 me-dicamentos, entre eles estão produtos de uso contínuo ou administrados no tratamen-to de doenças graves, anti-bióticos, anti-inflamatórios, diuréticos, vasodilatadores e ansiolíticos.

Segundo a gerência da Tac-chimed, a nova tabela também é praticada nas suas farmá-cias, porém, devido a planos

de desconto e fidelidade, os repasses não são criticados pelos consumidores. No ano passado, quando a inflação mantinha estabilidade, o au-mento nos preços dos medi-camentos autorizado foi mais brando, entre 1,02% e 5,68%.

Repasses por grupo

Segundo o Ministério da Saúde, o grupo três, que reú-ne 50,18% dos produtos, teve o menor percentual de ajuste, de 5%. Fazem parte dele os medicamentos de alta tecno-logia e de maior custo, como a Ritalina, principal droga no tratamento do déficit de atenção e hiperatividade, e a Stelara que combate a psoría-se. Esse grupo é considerado de menor concorrência, pois compõem um mercado alta-mente concentrado.

Os medicamentos da catego-ria dois, referentes a mercados moderadamente concentrados (25,37% do total), sofrerão o aumento de até 6,35%. Entre eles, está a lidocaína amoxi-cilina, antibiótico para infec-ções urinárias e respiratórias.

Já o grupo um (24,45% do total), terá o maior ajuste, po-dendo chegar ao teto de 7,7%. Dentre estes medicamentos, estão o Omeprazol, que auxi-lia no tratamento de gastrite e úlcera, e a Risperidona, que é antipsicótico.

As consequências da re-solução da Câmara de

Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que reajustou o valor dos medica-mentos em até 7,7% no último mês, começam a surtir efeitos pela cidade. Reclamações de consumidores insatisfeitos com a nova tabela de preços, queda nas vendas de drogas não controladas e projeção de prejuízos para o futuro fazem parte da nova realidade das drogarias do município.

A explicação para o cená-rio, de acordo com o CMED, é que em 2014 houve um au-mento médio de 15% nos cus-tos de produção das empresas do setor. Outro agravante é que nos últimos meses tam-bém houve a desvalorização de 27% do real, o que causou impacto direto nos custos de produção e, como consequên-cia, a necessidade de reajuste no valor final.

Um exemplo claro da situa-ção ocorre na farmácia Pan-vel. De acordo com a gerente, Taís Guerra, embora ainda não contabilizada, a redução nas vendas de medicamentos sem prescrição médica, como Aspirina, foi significativa. “O consumidor está relutando para comprar os remédios de gaveta, optando por espe-rar até os preços diminuírem

Consumidores e setor farmacêutico sentem efeitos do primeiro mês após o aumento de 7,7% no preço dos medicamentos

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Rivotril 2mg 10 comp Valium 10mg 20 compProzac 20mg 14 comp Ritalina 10mg 60 compClaritin 10mg 12 compAmoxil 400mg 100ml Artoglico 1,5g 30 sachêsCataflan 50mg 20 drg Novalgina 1g 10 comp Puran T4 112 mcr 28 compBuscopan 10mg 20 drgTylenol 750mg 20 comp

FONTE: WWW.MEDICAMENTOS.MED.BR E REVISTA GUIA DA FARMÁCIA

Diferença de preços

Farmácias registram queda na saída de medicamentos sem prescrição

Cristiano Migongeral [email protected]

Mais queixas, prejuízos e despesasReajuste dos remédios

R$ 17,42 R$ 18,77R$ 11,84 R$ 12,75R$ 39,29 R$ 49,11RS 61,49 R$ 64,56R$ 41,84 R$ 45,07R$ 29,81 R$ 34,61R$ 114,28 R$121,52R$ 27,41 R$ 29,52R$ 14,49 R$ 14,66R$ 17,83 R$ 18,72R$ 11,56 R$ 12,36R$ 23,92 R$ 25,11

Medicamento 2014 2015

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Os moradores do interior devem ter alguns cuida-

dos redobrados com a área da segurança. Essas precauções podem evitar roubos e furtos nas comunidades, no entanto, quando esses fatos acontece-rem, a população deve procu-rar o órgão de referência.

A família Mineski, residen-te no Vale Aurora, teve diver-sos objetos em roubados no início do mês de abril, além da camionete, que era utiliza-da para transportar a safra da uva, principal renda dos agri-cultores. Em casos como estes, a orientação é que as vítimas procurem o policiamento mais próximo. Na localidade, ainda não foi implantado o policia-mento comunitário, porém o subprefeito do distrito de Faria Lemos, Rudinei Heissler, acre-dita que no futuro o projeto também chegue a localidade.

Segundo o comandante da 1ª

As Unidades de Saúde (UBSs) Tuiuty e São Valen-tim iniciaram as atividades do Grupo da Melhor Idade. Os encontros serão realizados mensalmente com debates de temas diversos voltados à saú-de, nutrição e atividade física, entre outros.

O primeiro evento aconteceu no dia 27 de abril em Tuiuty e no dia 28 de abril em São Va-lentim. Na oficina, a palestran-te foi a enfermeira, Cristiane Wotrich, que abordou assun-tos ligados ao câncer de prósta-ta, toque retal, impotência se-xual, andropausa, vasectomia, tuberculose e Doenças Sexual-mente Transmissíveis (DST) com foco na Sífilis e Aids.

A enfermeira responsável pelas UBSs, Chrystiane Ineu Batista de Oliveira, explica que os encontros serão realizados uma vez por mês. “Neste pri-meiro momento, foram deba-tidos assuntos voltados para os homens, mas o grupo é tam-bém para mulheres”, afirma.

Moradores devem estar atentos a circulação de pessoas e automóveis estranhos na comunidade e informar à polícia

Melhor idade participa de encontro

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Família Mineski reside no Vale Aurora e teve diversos itens roubados

A primeira atividade com os idosos foi realizada no final de abril

Estefania V. [email protected]

Cuidados redobrados na zona rural

Tuiuty

Cautela na segurança

Quarta-feira, 6 de maio de 2015 11Regional

A ideia é que os encontros aconteçam sempre na última semana de cada mês. A ativi-dade é aberta a toda a comu-nidade. Para participar basta comparecer nos locais confor-me o cronograma e o horário. Em maio, o evento está agen-

dado para o dia 25 em Tuiuty, na Igreja Velha, e no dia 26 em São Valentim, no Salão do Fla-mengo. O início está previsto para às 14h. A temática pro-gramada para ser abordada pelos profissionais será nutri-ção saudável.

Companhia do 3º Batalhão de Policiamente de Áreas Turísti-cas (3º BPAT), capitão Diego Caetano, as duplas ou trios de policiais que ficam na região possuem mais conhecimento da área e podem auxiliar com

mais agilidade. Ele esclarece que os registros também po-dem ser feitos pela Brigada Militar, não somente pela Po-lícia Civil. “Às vezes há receio de comparecer a uma delega-cia ou não é feito o registro por

cansaço ou até mesmo por não querer se expor”, destaca.

Conforme o comandante, as ocorrências nas cidades peque-nas não extrapolam a realidade da sociedade, porém, ASSUS-TAM. “Para aquela sociedade, um roubo não é nada normal e assim as ocorrências parecem ser vultuosas”, explica. Nestas localidades, existe um policia-mento para dar conta da deman-da. “Se os crimes aumentarem, isso será intensificado para ten-tar reduzir os números”, afirma.

A polícia trabalha com a po-lítica de aproximação com a comunidade. “O policiamen-to comunitário é o policial se integrar com os moradores e buscar informações, para que a reclamação não venha da comunidade e sim do policial. Esse é o foco deste nosso tra-balho”, ressalta. A orientação é que as pessoas procurem o po-liciamento comunitário, quan-do houver necessidade, ou o GPM ou mesmo as viaturas que fazem o policiamento na locali-

dade. De acordo com o coman-dante, nenhum dos locais está desassistido, o que acontece é uma avaliação criminológica de onde é necessário colocar policiais. “Precisamos contar com a população no sentido de aproximar a relação com os policiais, não vê-los apenas com um olhar de alguém que vai multar”, pondera.

A população também é orientada para que não deixe as portas abertas e para que os cuidados sejam redobrados com as residências, mantendo o contato com a polícia. O co-mandante alerta que algumas estradas são utilizadas como via de fuga e caso os morados encontrem um veículo estra-nho andando no local ou um cidadão desconhecido devem informar a polícia, pois desta forma a segurança será redo-brada. A Brigada Militar tam-bém aderiu ao aderiu ao What-sApp e através do número (54) 9236.1651 é possível repassar informações para a polícia.

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Quarta-feira, 6 de maio de 201512 Segurança

Os números da PRF463 veículos fiscalizados11 veículos recolhidos498 pessoas fiscalizadas10 Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhidas1 mandado de prisão cumprido94 autos de infração130 testes do etilômetro6 infrações por embriaguez1 embriaguez crime5 autos por infração com produto perigoso6.500kg registrados em excesso de peso20 autuações por ultrapassagem em local proibido

Caso Ducati

Novo júri condena Carioca a 15 anosMesmo após confirmação da sentença, Alexandre Augusto de Souza poderá recorrer da decisão judicial em liberdade

Leonardo [email protected]

Após mais de oito horas de julgamento, Alexandre Au-

gusto Kuling de Bragança Soa-res de Souza, 33 anos, conheci-do como Carioca, foi condenado a 15 anos de reclusão em regi-me fechado pelo assassinato da bento-gonçalvense Caroline Ducati, morta a facadas em 15 de setembro de 2005. O julga-mento ocorreu nesta segunda--feira, 4 de abril, no Fórum de Garibaldi. O adovgado de defe-sa afirma irá recorrer da deci-são até a sexta-feira, 8.

A pena confirmou a expec-tativa do promotor de Justiça, Paulo Manjabosco. Ele salien-ta que a linha de acusação se baseou em laudo Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), o qual apontava que o réu ti-nha condições de evitar o que aconteceu e que possuía plena

consciência de seu estado psí-quico ao assumir o risco quan-do ingeriu bebida alcóolica, medicamentos e consumo de entorpecentes.

A defesa de Carioca tem o prazo de cinco dias para recor-rer da decisão. O juiz Gerson Martins da Silva possibilitou que o condenado recorresse em liberdade por considerar que o rapaz cumpriu o devido tempo em prisão preventiva e sempre manteve bom compor-tamento durante o processo.

O advogado de defesa Mar-cos Eberhardt anunciou, após a sessão de júri, que encami-nhará recurso ao Tribunal de Justiça do Estado até a próxi-ma sexta-feira, 8 de maio. Ele apresentará três pedidos para sustentar a anulação do júri ou, pelo menos, conseguir uma redução da pena.

Esse foi o segundo julga-mento do caso. No primeiro

Fiscalização federal completa uma semana de ação na BR-470

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Operação Vinhedos

Após uma semana de Ope-ração Vinhedos na BR-470, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresenta perfil de rigor na fiscalização e comunica-ção acessível. Como antes era constatado pela polícia rodo-viária estadual, os alertas são contra os casos de embriaguez ao volante e as imprudências dos motoristas em uma rodo-via sinuosa e de asfalto velho.

Nesta primeira semana de fiscalização, foram 463 veícu-los fiscalizados com 94 autos de infração e 10 carteiras de habilitação recolhidas. “Está sendo tudo novo, mas não muda a realidade do nosso tra-balho. A nossa sistemática é a mesma em qualquer lugar do Brasil. Estamos tentando man-ter o mesmo padrão que vinha sendo feito pela polícia rodo-viária estadual, que era muito bom”, relata o policial rodoviá-rio federal Lucas Martins.

Uma estatística que chamou atenção foi de motoristas au-tuados por por ultrapassagem em local proibido: 20. “Em torno de 80% destas autuações por ultrapassagem foram nas

Crime ocorrido em Garibaldi está prestes a completar uma década

júri, ocorrido em 10 de maio do ano passado, Carioca ha-via sido condenado a mes-ma sentença. Porém, acabou anulado no dia 20 de novem-bro, pois os desembargadores

do Tribunal de Justiça do Es-tado entenderam que a ses-são plenária que condenou o jovem não respeitou o Código de Processo Penal. Uma das irregularidades foi a não gra-

vação do depoimento de uma testemunha em plenário.

Relembre o crime

O assassinato ocorreu em 15 de setembro de 2005 no apartamento do acusado. Após uma discussão motivada por ciúmes, a vítima foi morta com golpes de faca. Moradores do andar de baixo perceberam um líquido similar a sangue escor-rendo por um dos lustres do apartamento. Eles acionaram os bombeiros, que confirma-ram se tratar de sangue e, em seguida, chamaram a Brigada Militar. Os policiais arrom-baram a porta e encontraram Caroline já sem vida. Souza estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados. A arma utilizada foi encontrada junta-mente com o acusado.

PRF alerta sobre embriaguez e ultrapassagensproximidades da ponte do Rio das Antas, que é um dos locais mais perigosos da BR-470, es-treito e muito sinuoso. O pes-soal não respeita e está se ar-riscando”, alerta Martins.

Os casos de embriaguez são outro problema rotineiro das patrulhas rodoviárias. Já fo-ram registradas seis infrações por embriaguez (de 0,05mg/l até 0,33mg/l de alcool) e uma embriaguez crime (acima de 0,33mg/l). “A maioria dos ca-sos foram no final de semana em saídas de festas da região. O pessoal sempre tem aque-la ideia de que com ele não vai acontecer. Mas o histórico mostra que a maior parte dos acidentes com gravidade tem a alcoolemia como motivação”, lembra o policial.

Sobre Bento Gonçalves ser conhecida como terra do vi-nho, o policial rodoviário fe-deral salienta a importância da lei. “Não vamos deixar de fazer o nosso trabalho. Iremos fazer o que a maioria da popu-lação espera, que é atuar da forma mais correta possível”, ressalta Martins.

Um dos casos que chamou atenção nesta primeira semana foi o cumprimento de um mandado de prisão contra um lixeiro de 30 anos. De acordo com PRF, por vol-ta das 11h15min de sábado, 2 de maio, durante fiscalização de roti-na no km 217 da BR-470, um ca-minhão de lixo de Bento Gonçal-ves foi abordado. Foi constatado que o lixeiro era considerado fora-gido da Justiça desde 7 de abril. O indiciado possui antecedentes por roubo, furto, porte ilegal de arma de fogo e falsa identidade.

Lixeiro foragido é capturado na BR-470

Menor é flagrado dirigindo embriagado

Na madrugada de sexta-feira, 1º de maio, um menor de idade foi flagrado dirigindo embriagado na rodovia federal. Segundo a PRF, o adolescente apresentou 0,47 mg/álcool por litro de sangue. Ele foi apreendido e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para os de-vidos procedimentos. Outros dois casos de embriaguez administrati-va foram flagrados no mesmo dia.

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Quarta-feira, 6 de maio de 2015 13Segurança

Autoridades estudam ação conjunta

Uma vida perdida no crime

Novamente o bairro Planal-to foi palco de um homíci-

dio. Autoridades policiais con-firmam que o conhecido ponto de encontro noturno se tornou suscetível a este tipo de acerto de contas. O crime da madru-gada desta sexta-feira, 1º de maio, confirmam a periculosi-dade da “Plana”, gíria utilizada pelos frequentadores. Tanto a vítima Anderson Luís Montei-ro Pinto, 24 anos, conhecido como Boca, quanto o suspeito identificado possuem extensas fichas criminais.

O assassinato ocorreu em frente a uma casa noturna da rua Olinto de Oliveira Freitas, que faz esquina com a avenida Presidente Costa e Silva, onde Maurício Antunes de Matos, 15 anos, foi morto com um golpe de faca 25 dias antes. Neste ano, Bento Gonçalves já regis-trou oito homicídios. Estatísti-ca identica a do ano passado, que terminou com o número recorde de 22 mortes.

A primeira versão do crime aponta que Boca aproveitou por cerca de 30 minutos a festa de bebida liberada do bar mu-sical, pois teve uma discussão com um terceiro indivíduo. Eles já teriam desavenças an-teriores. Boca foi “intimado” para ir até a via pública. Ao sair, por volta das 2h40min, foi executado com quatro disparos de arma de fogo que atingiram seu tórax e abdômen.

A Brigada Militar e o Servi-ço de Atendimento Médico de

Assassinato na “Plana”

Ponto de encontro e acerto de contasSegundo homicídio no bairro Planalto, em menos 30 dias, alerta autoridades policiais para movimentação de delinquentes

Leonardo [email protected]

Urgência (Samu) foram acio-nados. O local foi isolado para perícia e a saída da festa per-maneceu bloqueada até as 5h.

O atirador seria um amigo do indivíduo, que se desenten-deu com Boca dentro da casa noturna. Ele possui diversos antecedentes criminais, inclu-sive tráfico de drogas. O caso é investigado pela 2ª Delega-cia de Polícia (2ª DP). “Esta-mos com suspeito identificado e realizando os preparativos para fazer a representação por sua prisão preventiva. Se ele se apresentar, o que conside-ro pouco provável, pode não sair essa preventiva. Tudo leva crer, pelos antecedentes do au-tor e da vítima, que o caso te-nha sido um acerto entre eles”,

comenta o delegado Álvaro Pa-checo Becker, responsável pela investigação.

Caminho desvirtuado

Desde a juventude, Boca se-guiu o caminho do crime. Sua mãe, conhecida como Bete Ba-lanço, é uma traficante conde-nada em Passo Fundo. “Tenta-vamos conversar e orientar. Ele era receptivo ao diálogo, porém a índole já estava desvirtuada. Ele sempre buscava o caminho do crime. A mãe está presa por tráfico e o irmão mais novo in-ternado acusado de roubos”, conta Oscar Cabral, inspetor da Delegacia de Proteção a Crian-ça e ao Adolescente (DPCA) de Passo Fundo.

Anderson Luís Monteiro Pinto, o Boca, foi executado com quatro tiros

A perturbação do sossego alheio gerado na “Plana” é um problema histórico. Porém, os dois assassinatos e as recla-mações sobre tumultos aler-tam as autoridades policiais. “Ultimamente está sendo um ponto de encontro de vários tipos de indivíduos. Onde que se reúnem pessoas, se há um desafeto, sempre há o risco de um confronto. Acredito que é o local ideal para o pessoal ir e ti-rar a desforra com alguém. Por isso, é importante que os pais

saibam se seus filhos vão para lá e evitar, em certos horários, a participação deles em movi-mentos e confrontos de gan-gues que estão se formando em Bento Gonçalves”, comenta o delegado Álvaro.

A Brigada Militar ressalta que o policiamento ostensivo é realizado de forma dinâmi-ca. Uma viatura estática não é considerado viável pelo tama-nho e número de ocorrências diversas no município. É pla-nejada uma ação em parceria

com o Ministério Público, o Departamento Municipal de Trânsito (DMT) e o Conselho Tutelar. “Há a necessidade de tomarmos ações conjuntas. Não é só a Brigada Militar que conseguirá evitar que essas pessoas más intencionadas se misturem com pessoas que só querem se divertir. Estamos estudando alternativas”, avalia o capitão Diego Caetano, co-mandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).

MA

RCELO DA

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Anderson Luís Monteiro Pinto era natural de Passo Fundo, onde teve sua juventude ligada ao crime. Morador da periferia do bair-ro São Cristovão, Boca foi criado pela mãe Maria Elizabete Mon-teiro Pinto, de 40 anos. Apelidada de Bete Balanço, ela trabalhava com o comércio, porém acabou migrando para o tráfico de drogas.

A primeira prisão de Bete Balanço ocorreu em 1996, por fur-to. Em 2007, após investigação da Polícia Civil, acabou presa em flagrante vendendo maconha e crack. Desde maio de 2010, ela cumpre pena de 13 anos e seis meses no alojamento feminino do Presídio Regional de Passo Fundo por duas condenações de trá-fico de entorpecentes.

Boca entrou para o mundo do crime aos 16 anos, quando foi acusado por um roubo a veículo em Passo Fundo no ano de 2007. No ano seguinte, ele é suspeito de roubos a residência e a táxi. Em julho de 2008, aos 17 anos, é acusado de assassinar um ho-mem de 28 anos com quatro tiros.

O primeiro registro de Boca em Bento Gonçalves é de novem-bro de 2009. Na ocasião, acompanhado de dois comparsas, Boca tentou roubar um veículo na rua João Goulart, no bairro Univer-sitário. Os três espancaram o motorista de 24 anos e acabaram presos em flagrante pela Brigada Militar. O crime foi registrado como tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). Como já era maior de idade, esta foi a primeira ida de Boca ao presídio. Ele ficou recolhido por apenas quatro dias.

Em março de 2010, em uma residência na rua dos Pinheiros, no bairro Ouro Verde, Boca baleou uma adolescente de 15 anos dentro de uma residência. Ele estaria no sofá limpando a arma quando ocorreu disparo. A jovem sobreviveu, mas ficou com a ba-la alojada na coluna, o que limita seus movimentos. Em abril do ano passado o júri absolveu Boca por entender que este não ti-nha intenção de matar.

Em maio de 2010, de volta a Passo Fundo, Boca é acusado de matar uma adolescente de 13 anos com dois tiros no peito. O cor-po estava escondido em folhagens ao lado da residência. Foram apreendidos preservativos e seringas no local do crime.

Em agosto de 2010, em Passo Fundo, Boca e um comparsa par-ticipam de um tiroteio que vitima um senhor de 49 anos. A mo-tivação do ataque seria um débito do tráfico de drogas. Por este crime, foi condenado há 16 anos de reclusão em regime fechado.

Em janeiro do ano passado, Boca foi vítima de uma tentativa de homicídio no Presídio Regional de Passo Fundo. Cerca de dez ape-nados teriam investido contra ele. Boca levou uma estocada duran-te o ataque. À polícia, Boca afirmou desconhecer a razão dos fatos.

Em abril de 2014, Boca fugiu do presídio de Nova Prata, porém foi recapturado no dia seguinte. Ele também passou pelos Santa Maria, Charqueadas, no Presídio Central, Arroio dos Ratos e Ben-to Gonçalves.

Boca teve a liberdade concedida em 2 de fevereiro deste ano.

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Quarta-feira, 6 de maio de 201514 Esporte

Série Ouro

BGF vence a AGSL e agora pega Alaf

Na noite de sábado, 2 de maio, o BGF voltou a jo-

gar na sua casa, o Ginásio Mu-nicipal de Bento Gonçalves, e venceu a equipe do São Luiz Gonzaga por 4 a 3, fazendo uma boa campanha na Série Ouro de Futsal. Sem mui-to tempo para comemorar, a equipe, que agora ocupa a 4ª posição na tabela, segue sua maratona de jogos e na quin-ta-feira, 7 de maio, enfrenta a Alaf, em Lajeado, às 20h.

No primeiro tempo do jogo contra o São Luiz Gonzaga, o time de Bento Gonçalves co-meçou em ritmo acelerado. Paulo Renato, em jogada en-saiada, desviou um chute de Foppa e abriu o placar para o BGF, logo no primeiro minuto do jogo. Em contra-ataque, Si-lon tabelou com Paulo Renato e mandou para o fundo da rede. Na jogada seguinte, na saída de bola do time adversário, Paulo Renato roubou a bola e marcou o terceiro, abrindo uma grande vantagem em menos de 15 se-

Geremias [email protected]

FABIA

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A, D

IVULG

AÇÃ

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gundos. E a goleada começou a se desenhar com mais um de Silon, aos 14 minutos do primeiro tempo. Com uma grande vantagem, a equipe ca-denciou o jogo até terminar a etapa inicial.

No segundo tempo, o São Luiz Gonzaga tentou buscar uma reação e conseguiu o pri-meiro gol com Jean, aos 10 minutos do segundo tempo. Depois chegou ao segundo, dessa vez em um gol contra de Paulo Renato, que desviou o chute do adversário. A partida ganhou contornos de dramati-cidade quando, faltando três minutos para o fim, Gustavo marcou mais um para os vi-sitantes, que voltaram para o jogo e encostaram no marca-dor. O técnico Vaner Flores pediu tempo imediatamente e chamou a atenção do time para tomar cuidado na defe-sa. Com isso em mente, o BGF segurou mais uma importan-te vitória até o final da parti-da. “Dentro de casa estamos cumprindo aquilo que a gente propôs”, declarou o técnico ao final da partida.

Classificação1º Asif 10 2° Assoeva 93º ACBF 94º BGF 95º Alaf 66º ADS 67º ASTF 68ºAtlântico 69ºCachoeira 510ºAssaf 511ºAmérica 212º AGF 213ºAfusca 114º AGSL 0

4ª Rodada Atlântico 3 x 0 AssafAGF 5 x 5 Cachoeira FutsalAsif 2 x 0 AssoevaASTF 1 x 0 AlafBGF 4 x 3 AGSLAmérica 4 x 4 Afusca6/5 - ADS x ACBF

Jiu-Jitsu

Atletas precisam de ajuda para viajarNa sexta-feira, 8 de maio, 10

atletas da equipe Garra Team embarcam para o Rio de Ja-neiro, onde participarão do Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu, realizado pela Confede-ração Brasileira de Jiu Jitsu Olímpico. O torneio ocorre no sábado, dia 9 de maio. A via-gem foi concretizada graças ao apoio de amigos e familiares das crianças, que fizeram doa-ções para auxílio nas despesas. Entretanto, ainda faltam algu-mas despesas.

Entre os atletas que viaja-rão estão quatro crianças do projeto social “Jiu-Jitsu Para Todos”, do Núcleo Escola Ima-culada Conceição, que estarão fazendo sua primeira viagem para competir fora do estado. “Ainda estou precisando de apoio pra lutar, treinei muito pra esse evento, além de todo esforço pra levar os alunos do

projeto social, mas falta pa-gar as minhas despesas, quem acompanha meu trabalho e treinos sabe que estou pronto para brigar pelo pódio”, revela Adriano Smalti, lutador que irá

Equipe da Garra vai competir no Rio de Janeiro neste fim de semana

Paulo Renato foi o grande destaque da vitória contra o São Luiz Gonzaga

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Equipe segue bem na competição, pois venceu três das quatro partidas disputadas e está na quarta posição da tabela

viajar junto. Os interessados em ajudar esses atletas, que le-vam o nome de Bento Gonçal-ves para todo o Brasil, podem entrar em contato com Smalti, pelo telefone (54) 9142.4257.

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Quarta-feira, 6 de maio de 2015 15Esporte

Classificação final

Chave A1º Glória 282º Santo Ângelo 203º São Luiz 204º Brasil-Far 195º Panambi 186º Tupi 177º Esportivo 168º Nova Prata 15

Chave B1º Pelotas 262º Guarani-VA 243º Inter-SM 174º São Gabriel 145º Riograndense 136º Santa Cruz 87º Rio Grande 8

14ª Rodada - ResultadosSto Ângelo 2 x 0 EsportivoBrasil-Far 2 x 0 São LuizTupi 3 x 1 GlóriaPanambi 5 x 2 Nova Prata

Riograndense 3 x 2 Rio GrandeSanta Cruz 0 x 1 Inter-SMPelotas 1 x 1 São Gabriel

Motovelocidade

Bento-gonçalvense acelerou bastante em Curitiba no último domingo

Marciano Santin, piloto de Bento Gonçalves, fez

sua estreia no Campeonato Brasileiro de Motovelocida-de, no domingo, 3 de maio. A primeira prova da temporada foi disputada no Autódromo Internacional de Curitiba. Correndo na categoria GP 600 Evo, Santin conquistou a vitó-ria e ficou com o sétimo lugar no resultado geral.

Ele compete com a Honda de sua própria equipe, a San-tin Racing. Dos pilotos da nova classe, ele foi o único a comple-tar as 16 voltas do vencedor da GP 600, Eric Granado. Para o piloto, foi um grande desafio começar o campeonato bem. “Foi uma corrida de superação, tenho 38 anos e senti que ain-da preciso melhorar a minha condição física. Quero agrade-cer a Deus e aos meus patro-cinadores”, declara Santin. O

Geremias [email protected]

Divisão de Acesso

Piloto de 38 anos completou todas as 16 voltas para conquistar vitória

piloto de Bento Gonçalves li-derou todos os treinos da etapa na categoria GP 600 Evo.

O outro piloto de Bento Gon-çalves, Giovandro Tonini, largou em 9º na classe 250, e chegou na 2ª posição, mas acabou sendo desclassificado na hora da vis-

toria, ao final da prova. O cam-peonato terá sua próxima etapa no dia 31 de maio, com as cor-ridas das categorias GP 1000/GP 1000 Evo, GP 600/GP 600 Evo, GP Light e GPR 250 no Au-tódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel (PR).

Santin estreia com vitória no Campeonato Brasileiro

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Torcedores do Alviazul vão ter que esperar até 2016 por novos jogos

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Esportivo perde e é eliminado ainda na primeira faseNa sexta-feira, feriado de 1º

de maio, o Esportivo fez sua última partida na Divisão de Acesso 2015. Em Santo Ânge-lo, enfrentou a equipe que leva o nome da cidade e foi derro-tado pelo placar de 2 a 0. Com isso, o Alviazul permaneceu com 16 pontos e acabou des-classificado ainda na primeira fase da Divisão de Acesso. Por pouco, não acabou rebaixado.

No primeiro tempo, Rafi-nha, aos 32 minutos, fez um carnaval na defesa do Alviazul, e abriu o placar para o Santo Ângelo. No segundo tempo, o Esportivo precisava reverter o placar, só que ao invés de con-seguir a virada, o time tomou mais um gol: aos 27 minutos da etapa complementar Ricardo soltou um chute indefensável para o goleiro Caio Venâncio e ampliou para o Santo Ângelo. Com isso, decretou a elimina-

ção do Alviazul, que não tem recursos e nem planejamento para disputar nenhuma com-petição profissional de agora em diante no ano de 2015.

Para Ben Hur Pereira, a equipe conseguiu reagir, mas não o suficiente para buscar algo a mais na competição. “Eu cheguei e o Esportivo ti-nha poucos pontos, então eu vim com a missão de melho-rar isso. Infelizmente eu não cheguei no começo, na hora de montar o grupo, e então a gente não tinha alguns jo-gadores que seriam os ideais. Mesmo assim o Esportivo reagiu, mas teve jogos que fo-ram decisivos. Por exemplo, a gente não podia ter perdido em Nova Prata, esses pontos faltaram agora na classifica-ção final. Faltou qualidade na hora de definir as jogadas”, declara o treinador.

Rúgbi

Bento Gonçalves recebe o jogo da Seleção Brasileira

Pelo segundo ano conse-cutivo, a cidade de Bento Gonçalves será sede de uma partida do Campeonato Sul--Americano de Rugby XV. O jogo entre Brasil e Paraguai é válido pela terceira e última rodada da competição con-tinental, e será realizado no sábado, 9 de maio, no Estádio da Montanha, às 13h. A entra-da é a doação de um quilo de alimento não perecível, que será entregue a uma entidade a ser definida. Também será realizado no mesmo dia um festival infantil com projetos de rúgbi da região e catego-rias de base dos clubes.

Segundo Bernardo Costa Duarte, diretor de torneios da Confederação Brasileira de Rugby, a escolha da cidade no-vamente é um prêmio. “Ben-to Gonçalves recebeu muito bem a Seleção Brasileira de Rugby XV na última tempo-rada, quando enfrentamos o Uruguai no Estádio da Monta-nha. Trazer para a cidade essa partida contra o Paraguai, um clássico regional do rugby, é um prêmio para o municí-

pio e para a calorosa torcida, que sempre apoiou os Tupis”, afirma. “Esperamos ter a casa cheia mais uma vez. A região Sul é um polo do rúgbi brasi-leiro e os jogadores, profissio-nais e fãs do esporte realmen-te se engajam nesses eventos. A CBRu, junto com nossos patrocinadores, está orga-nizando uma bela festa para atender o público com muitas atrações e interatividade. Será um grande jogo e esperamos a vitória do Brasil”, ressalta Tia-go Grinman, diretor de mar-keting e finanças da CBRu.

O Campeonato Sul-Ameri-cano da 1ª divisão de Rugby XV conta com a participação de quatro seleções (Brasil, Uruguai, Chile e Paraguai), que se enfrentam apenas uma vez. Os brasileiros jogam duas partidas fora de casa (contra Uruguai e Chile), já que jogaram duas vezes em seus domínios em 2014. Uru-guaios e chilenos neste ano jogam duas vezes em casa. Os dois primeiros colocados ga-rantem o direito de enfrentar a campeã Argentina em 2016.

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Santin vence etapa em Curitiba

Página 15

Dia das Mães

Comércio espera crescimento de 7%

Página 8

IFRS

Alunos esperam obras na Casa do Estudante

Página 4

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

32 páginas

Primeiro Caderno .................... 16 páginasClassificados ...........................12 páginasVariedades................................4 páginas

Motovelocidade

BENTO GONÇALVESQuarta-feira6 DE MAIO DE 2015ANO 48 N°3127

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

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